[Doisp] Eu piso nessa porra como se eu fosse um maldito patrão Finalmente alguém da favela, no estilo ladrão Sou meu patrocínio, Mc, empresãrio e função Trabalho pra ter o que eu tenho sem tempo pra perdão Várias perdas, são fases pra que eu não perca meu pé no chão Fé nos irmão que tão pelo certo como eu na missão Sem sono, só disposição Meu santo, minha proteção Guiando seja onde for, sigo no flow, sempre na fé Em frente, como tem que ser, não é só parecer Tem que ter proceder pra poder manter a chama viva Deixa a visão clara e pega a fita Que é só joia rara que a favela põe na pista Filma!
[Funkero] Clima quente, sangue frio Um milhão de gata no cio De rolezada no Rio E os traçante tão zunindo nos fio Os menor querendo dinheiro Roubaram os gringo e correram Passaram voado no meio dos carro e sumiram no aterro Sol na cabeça e eu fazendo a cabeça Pra controlar minha pressão antes que eu enlouqueça Também morre quem atira, tá na mira Jardim Catarina, Brasília, Mutuapira A bala vai comer polícia e traficante Ritmo de guerra acelerado igual funk 150bpm Essa porra é o crime, não é o creme, creme
[Hélio Bentes] Será que eu não sou daqui? Essa guerra pra mim é tão padrão Meu problema é que eu sobrevivi Quando acharam que ia beijar o chão Eu sei que é difícil pro invejoso assistir O problema dele é que não tem opção Pra mim o baguilho é déjà vu E o que eu fiz não tem jeito mais, não
[Shawlin] Às vezes, eu me sinto como uma maldita múmia Sobrevivendo às pragas, superado as calúnias Mal me coço vendo um pela saco em fúria Absolvido na praça, triunfei sobre a injúria E eu não fujo quando estrala o chicote Caneta em punho, aqui é só grau e corte Isso não é um rascunho, não é trauma nem sorte Eu posso dar o testemunho, irmão, minha alma é forte Sempre trank, eu sigo em frente igual se eu fosse um tanque Gente, nós é só um instante, tente ser gigante Tem que ser, o que é baixo prende o ser e não deixa viver O homem tende a ter, mas o que é, será que aprende a ser? São essas ruas vazias nos momentos de lazer Que me botam em sintonia com a república do prazer É pra quem faz, não é pra quem quer Nessa linha de trabalho, vagabundo tem que ter fé Sem futuro, mas tem hoje mina e mé O que atrai muito pilantra e vagabundo tem que ser, né? Viver de rap é igual dinheiro proibido Discórdia entre quem quer mais e quem quer que eu nunca tenha tido
[Hélio Bentes] Será que eu não sou daqui? Essa guerra pra mim é tão padrão Meu problema é que eu sobrevivi Quando acharam que ia beijar o chão Eu sei que é difícil pro invejoso assistir O problema dele é que não tem opção Pra mim o baguilho é déjà vu E o que eu fiz não tem jeito mais, não
[Fabio Beleza] O guerreiro não tava morto, só esperando a hora certa De dar o bote preciso pra vitória ser completa Foi sorrateiro, esperou o bote adversário No momento decisivo, 1kilo de chumbo no otário Mas se for necessário, eu volto aqui de novo Preparado pra morte só pra defender meu povo O inimigo é fraco, acostumado à derrota que amarga É tudo pangaré com pose pensando que é manga larga Sem subestimar e nem se superestimar Também não pode se esquivar da sua própria autoestima Luta de esgrima, a ponta é redonda, a espada não fura Aqui não, tu sai mais feio que a própria caricatura Mas sei que bonito ninguém tá Bonito ninguém é quando se propõe a matar Alma de favela em guerra, bomba treme a terra Eu quero é trocar balas e armas Por um mic, baixo e batera