Só quem funga no faro
O cheiro raro da hora agá que tá
Em Punga
Quem resmunga pra dar o fora
É claro, demora a se adaptar
É preciso num estalo está-lo
Dispara o último cavalo
No páreo passa o ordinário momento do embalo
Punga apunhala o otário
O tempo sem punga escorre no ralo
Arapuca pro cuco
Abala o badalo
O tempo de punga da sempre no horário
Gira ao contrário o ponteiro
E o atrasa lado separa
Um pedaço do seu dinheiro
Pro bolso do bolsonaro
E o proletário cabreiro
Que corre pra que não encara o cara
Dentro do armário
Não vai dormir no barulho
Nem engolir salafrário
Se vai valer seu orgulho
Punga te espera no atalho
Só quem funga no faro
O cheiro raro da hora agá que tá
Em Punga
Quem resmunga pra dar o fora
É claro, demora a se adaptar
Corre corre um disparo é a lei
Se soubesse o que eu sei
Não estaria tão tranquilo assim
É o fim
Na quebrada o que há
Maldade no olhar
Na guerra não custa ligar
Xá pra lá
Fala fala aláfia sem parar
Pra entrar na caxola e ficar
Não anotou quem conspirou
Quem atirou? quem vacilou?
Na punjança em punga na militância
Quem define definha sem elegância
Pé de pato conspira a maldade é mato
Se soubesse o que eu sei não tinha perguntado
Eis o fato: estado de alerta programado
A poli-position possível ser pacato
Inapto, o desconhecido é assim
Fala, fala do meu nome mas num olha pra mim
Tô de boa tranquilo em punga lombrado
Na f úria de qualquer espreito abastado
Se soubesse o que eu sei não estaria assim
Reconheça o início e esqueça o fim
Só quem funga no faro
O cheiro raro da hora agá que tá
Em Punga
Quem resmunga pra dar o fora
É claro, demora a se adaptar
Raphão
Ei, brechó, sem b. o. na z. o. vamo aí
Sem fugi, não durmi e vão me ouvir aqui
Num é paia, nos vamo sem faia
Se o plano é da rabiola
Então nóis plana as raia
Allafin aláfia, a grafia nas ráfia
Nas latitude longitude das quebrada, máfia
Eu dou play e o isaac hayes me ouve
Sou black moses
E pra cortar os males da mente me trouxe
Ouve: penso torto bato as asas e vôo
O rap num é aeroporto e me serviu de pouso
Nove porcento dom
Oitenta e nove esforço
E dois porcento de sorte, meu bom
A vida é um esboço
Lurdez
Molenga só no molejo
E nem quero tudo que eu vejo
Quero só o que desejo
E Punga me leva pra onde eu almejo
Quem mexeu no meu queijo
Nem vem ao caso
Encher linguiça é pior que ser raso
Tudo tem prazo, não deixa vencer
Antes de fazer vingar
É a lança certeira das suas léguas
Ponta da língua, não a mironga
Num esquenta a moringa
Mas se num tá em punga mingua
A hora ginga
Cê tá na pinga
Enquanto cê xinga ou tá de delonga
Limpando merda, pegando bomba
Mas na agá, punga te gonga
Vem com a gente nesse tu-tum jacatunga
Aqui só tem real nada de songa-monga
Aláfia máfia é assim sem lenga lenga
Em punga feito zumbi e ganga zumba
Beat bate pesado pique el kabong
No bang não bangue é sem bang-bang
Aqui é na bolinha, fio é ping-pong
É banca é bando é banda mas também é gang