Há aqui um grito um gemido Da canção aflita que trago no peito Há aqui a dor mais profunda De morrer nas ruas de uma terra sem lei Há aqui o passado ingrato E esse sobrenome que eu não escolhi Há aqui as marcas e os calos E os que não se calaram dentre os servis
Salve! A lucidez de olhar as mazelas da história Seguindo adiante sem tirar da memória Que pago ou a força esse é o mundo que eu construí Salve! O orgulho de se olhar todo dia no espelho Com consciência de quem traz no peito O orgulho de todos os Silvas desse país
Senti o olhar de desprezo Pela natureza dos meus crespos cachos Senti vasto desespero Por ser rejeitado por meus firmes traços Senti o apertar dos passos Quando deparados com o tom da minha cor Senti os grilhões modernos Vejo que na verdade pouca coisa mudou
Salve! A lucidez de olhar as mazelas da história Seguindo adiante sem tirar da memória Que pago ou a força esse é o mundo que eu construí Salve! O orgulho de se olhar todo dia no espelho Com consciência de quem traz no peito O orgulho de todos os silvas desse país
Compositores: Carlos Wallace da Silva Cruz (UBC), Iolanda de Souza Amancio (UBC)ECAD verificado obra #19299569 em 16/Mai/2024 com dados da UBEM