O nascimento é sempre doloroso, apodrecendo no útero preso dentro deste corpo

Um túmulo sangrando, uma vadia esquartejada deita morta oca do feto

Mastigando os ligamentos, é a linha final pra este mundo, pós-nascimento é iminente

O fedor é sufocante

Meu corpo, se fortalece, minha dor se transforma em tortura

Decepando sua linhagem

Uma carcaça de criança mutilada

Carne do nascituro, o morto mais fresco

Crianças rasgadas afogadas em sangue

Contornando e me nutrindo eu me apodreço em nojeira

Reciclagem do meu corpo

Mãe dilacerada aos pedaços

Esmagando sua cara

Minha faca cortando buracos, fodendo os restos mortais

Esôfago arrancado fora

Rachando cartilagem

Baço derramando de cortes no fígado

Escalpelando carne de dentro

Mastigando o intestino

Bexiga jorrando urina, fezes que infeccionam

A criança esquartejada aos pedaços

Bebendo suas excreções

Zombificação, ejaculando no mutilado

Em cima do cadáver fatiado da mãe

As lamas do meu pau dão a ela uma nova vida

Cozinhando os restos da criança dentro de seu corpo

Renascendo através do mal

Minha tortura conhecida pelo inferno

Obedecendo á sua chamada, os demônios aguardam meu próximo massacre

Carniça é o meu fetiche

Cavidades corporais arranhadas com entranhas arrancadas

Cérebros derramando de rachaduras enquanto o meu machado continua decepando