Soltem no pasto meu cavalo ventania Que atrás do gado me levou sertão a fora E adquiri um caminhão de cem cavalos, Do que já fui, bem mais feliz eu sou agora O caminhão não cansa o gado e não me cansa, E ao fim da viagem pra chegar sou o primeiro Mesmo gastando combustível ainda compensa Ser motorista de um expresso boiadeiro.
Fui no passado um pioneiro A cavalgar atrás do gado o ano inteiro E hoje sou caminhoneiro A dirigir o meu expresso boiadeiro.
Antes tocava meu berrante pela estrada, Hoje desperto meu sertão com a buzina Antes levava moça linda na garupa, Hoje essa moça vai comigo na cabine Antes a onça com seus olhos clareava A noite escura envolvida na neblina Hoje o progresso colocou as faixas brancas E o rumo certo sobre a pista vira em tinta.
Do ontem ao hoje dividido está o tempo Que se formou na era da velocidade E mesmo assim ao recordar do meu berrante, Sinto no peito a dor gostosa da saudade Longas pousadas nos varjões ao pé do fogo, Até parece do café sentir o cheiro Ouvindo histórias e violas ponteando, E quando acordo estou no expresso boiadeiro. Abrir vídeo no player adicionar no player
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna), Joao Doracio (Carlos Cesar) ECAD: Obra #35570 Fonograma #317950