Lá vai o carro, com seu carreiro Deixando rastros neste solo brasileiro meu Cante uma música, velho cocão Para que todos lembrem sua tradição
Minha boiada, deixe seu rastro Puxando forte o velho carro com seu casco sim Não é preciso usar ferrão porque ferir seu coração Ouço seus passos no compasso do cocão
Vai meu carro velho, vai Você e eu somos mesmo quase iguais Porque, tudo mudou eu sei Choro a saudade do que foi e não volta mais.
Serras e vales, meu carro vai Atravessando entre campos e revoadas de pardais Meu carro cante pra mim uma canção Que seu carreiro tem no peito um coração que dói
Carreiro vai, carreiro vem De longe escuta o rangido de cocão no além Cantarolando este homem se agita Suspendendo o braço grita, viva o nosso sertão
Vai meu carro velho, vai Você e eu somos mesmo quase iguais Porque, tudo mudou eu sei Choro a saudade do que foi e não volta mais
Choro a saudade do que foi e não volta mais Choro a saudade do que foi... Vai meu carro velho, vai.
Compositores: Antonio Fermino dos Santos (Marcito), Getulio Caires Dourado (Juracy) ECAD: Obra #27816 Fonograma #625921