Anda pla vida à futrica o estica larica o mangas portuga Fecha-se em copos e copas cafés e cachopas trabuca e madruga
galfarro afiambrado pachola arremelgado de grimpa levantada e garrafal amigo do amigo farelo e muito umbigo vestiu-se e veio a pé pró arraial
viva o Santo António viva o São João viva o dez de Junho e a restauração viva até São Bento se nos arranjar muitos feriados para festejar
gosta de armar ao efeito Baboso e com jeito pra ser bagalhudo Mas na mulher do carteiro Já manca o dinheiro alfaces e é tudo
Se ele anda com nerveco grazina dum caneco Lá vai o lascarino pró granel E faz as partes gagas fosquinhas de aldiagas Palrando até fazer grande arranzel
Refrão
Chorou por causa da seca que a terra ficou viúva Até correu seca e Meca fartou-se de pedir chuva A chuva quis-lhe agradar banhou a terra as culturas A água deu-lhe pla barba a fome em farturas
Ás vezes já nem petisca A doença na isca é má pró vistaço Os vinhos e os jaquinzinhos São só descaminhos vai dar ao esquinaço
És tu pião das nicas das bocas e das dicas Que pegas nos calcantes e te vais Adeus leão dos trouxas chupado das carochas Que foste no embrulho uma vez mais