Tudo é tão miserável quando passamos a mentir para sustentar mentiras... E já não podemos fingir não estar tão frustrados com o que temos e por estarmos a tanto tempo aqui.
Daqui de cima não há nada para enxergar.
Foi tudo em vão, eu sei... O suór seco pelo vento. Agora a quem culpar por ver tantas rugas no espelho, ossos magros nos joelhos e nenhum troféu quando vencemos?
Se ficar aqui não vão te ver chorar e quem sabe possa ter sorte ao contar as promessas que entupiam seus bolsos... placebo para alimentar as traças.
O bispo quebra minhas defesas e os peões não podem mais impedir o olhar de medusa de tuas torres. A rainha feita pedra esquece de sua vida... tão perdida quanto infeliz.
Então não diz pra mim que tudo vai passar.
É só o inferno, eu sei... O suór seco pelo vento. Juras de amor comendo a língua. Diz então que beijarias minha boca cheia de formigas agora que é isto e mais nada...
Compositor: Fabio Luiz Altro Soga (Nene Altro) (ABRAMUS)Publicado em 2012 (23/Jan) e lançado em 2002 (01/Set)ECAD verificado obra #5615052 e fonograma #2366042 em 16/Mai/2024 com dados da UBEM