Vultos negros estão a minha frente Memoria de uma passado turvo e volúvel Ambiente com sons desconexos Atraído por sua beleza, eu afundo
De mãos atadas vejo meu corpo apodrecer Consumido pela dor e insanidade Realidade se mistura com meus devaneios Isso parece um jogo, tudo está mais falso
Entorpecido Entorpecido Entorpecido Entorpecido
Ouço sussurros, gritos e lamentos do passado O ciclo continua e os erros são os mesmos Não existe luz a frente corro em desespero O meu corpo Formiga e a agonia toma conta
Sou o combustível e minha derrota Estou entre os vermes que me consomem Sou o fogo e matéria destruída O vazio e a lastima
Declaro que estou no linear entre a vida e a morte Apodreço enquanto respiro Olho para minhas injustiças e benignidade Sou o fogo que consome a matéria que se estingue desta existência transcendendo A composição simplória Sou o nada e a força do pensamento O desejo de existência Retorno as águas, ao ar, ao fogo e a terra