Nas páginas do nosso caderno de cultura o passeio é pelos corredores de sepulturas não tem visita em museu, cinemas, teatros só a busca pra achar a quadra que o ente foi enterrado a tradição é guardar num copo de recordação o chumbo retirado do fígado na operação pra lembrar que não subiu porque apavorou o médico se os home cola comigo sedado é cemitério na releitura dos altares de sacrifício governador só na mídia não aceita pressão do terrorismo longe das câmeras suplica pro encarcerado pra no mega evento esportivo não cometer atentado puxei o véu podre e vi delegados em favela oferecendo narcótico apreendido em dez parcela vi kamikase atacando património público porque o estado democrático é artigo de luxo porque a política segue gerando transmissão ao vivo do gerente com dez kilo de explosivo no umbigo se o cuzão fizer um gesto fora do combinado é aparelho digestivo destroçado esse aqui é meu dossiê montado nas zonas de abandono com dados que não aparecem no relatório da Onu é a minha forma de militar e exigir justiça aos três que morrem extra judicialmente por dia
atmosfera de tensão vai ser agravada no condomínio meu dossiê é o carro bomba da favela explodindo
aqui amparo social é gratificação faroeste recompensa pro gambé com mais finado no casting o plano pra sua carreira é alta rápida no sus pra chegar no cdp com os ponto soltando pus o único texto oficial foi feito em área de manancial são os parágrafos do código penal denuncio que os autores da constituição cidadã nos faz sacar. 45 pela carga da Tam que recebemos penas hediondas em julgamentos porque acatamos a proibição das drogas sem questionamento num mar de mentiras montam posto pra recolher seu oitão pra te manter inofensivo diante da aniquilação faminto desarmado não invade condomínio não reage à bala contra os grupos de extermínio As mesas de decisões são poleiros de carniceiros que roubam diplomas e convidam médicos estrangeiros por isso é mantra a dica do especialista no restaurante relógio na meia, orelha sem brilhante por isso em vez do danúbio azul o canal auditivo ouve novecentos milésimos a valsa dos tiros esse aqui é meu dossiê montado nas zonas de abandono com dados que não aparecem no relatório da Onu é meu manifesto contra quem não investe em favelado pra dar no 181 cinco mil por procurado
atmosfera de tensão vai ser agravada no condomínio meu dossiê é o carro bomba da favela explodindo
o âncora piada no pânico não é divertido ele reclama quando diminui o morticínio quer morte mesmo sabendo que o palácio da alvorada empurra pro submarino com as toneladas sistema quer maternidade, paternidade precoce pra adolescente sustentar dependente com corre se a criança não planejada não for dispensada vira motivo pra fita amarela na cantina assaltada nem com exagero chego no estágio surreal do antro onde realização é ganhar condicional onde seu carro é chipado pelo denarc esperando você os levar nas estufas de canabis luto pra que a informação valiosa não seja saber onde fica as notas que o doleiro transporta queria o milagre da multiplicação de morte encefálica prus que oram pra propina maldita ser abençoada ouço os estampidos de ak e famas são os tiros de largada da corrida da paz a comemoração da instalação da clã pacificadora é secretário de segurança fugindo de metralhadora esse aqui é meu dossiê montado nas zonas de abandono com dados que não aparecem no relatório da Onu é minha forma de protesto e mobilização pra impedir que a taurus ponha mais arma em circulação
atmosfera de tensão vai ser agravada no condomínio meu dossiê é o carro bomba da favela explodindo
Compositor: Carlos Eduardo Taddeo (Eduardo) ECAD: Obra #11982208 Fonograma #10408508