Ai Deus manda o gambé furar meu coração sou imune a qualquer clínica de desentoxicação Cansei de ser instrumento da voz do diabo que no dia das mães dá sofrimento embrulhado cepa na autópsia a ciência ache um antídoto um arti-corpo contra um vício no meu metabolismo pelo menos enterrando no mato meus ossos em outro século vira estudo de arqueólogo não honro quem me deixava na creche 7h pra lavar porcelana chinesa no jardim Europa hoje enquanto meus irmãos tiram dez na prova eu faço juz à patente dos rulegues por droga vão dar ordem na linha de montagem de fabrica gato persa, filha aos quinze dançando valsa vão ter cabelo branco tapete de urso panda eu vou comer lixo e eles trufa italiana olham pra mim como se eu fosse extraterrestre esquelético, feridas na pele tipo um monstro de filme trash deveria ser tombado o patrimônio do bairro, sirvo pra mãe mostrar pro filho o fim do caminho errado na crise de abstinência nem camisa de força corta o pulso com gilete quebra a casa toda deus se não quiser um enforcado no lustre manda o gambe escrever civil na minha testa com a usi. [refrão] deus aperte o gatilho termina logo com isso a morte é a única clinica pro meu vicio. 4x. É muito fácil me julgar com o rabo cheio de Chivas sem um fantasma da droga e nem um membro da família quem você quer morto na cela do presídio é doente diagnostico dependente químico doença que não discrimina cor nem classe contamina no barraco também no iate queria tá com minha mina no cinema não ser a voz que aterroriza no telefonema tá empregado dando entrada no Vectra CD mandando o boy se foder com seu Cartier a sensação mais forte é quando o efeito passa quando se lembra da faca enfiada em dona de casa sente o cheiro de quem há cinco dias não toma banho se vê despenteado vestindo qualquer mulambo nessa hora olho no espelho e não tem ninguém ali só vejo um defunto olhando pra mim a vontade de usar vence a vontade de viver não existe mais moral atitude e proceder qualquer quintal que tiver um tênis já vale cego louco enfrenta até rotwailer não queria acabar amarrado com varal com os traficantes me afogando numa bacia por um real dispensando meu cadáver na parede e encimentando e minha mãe eternamente com um cartaz me procurando. [refrão] deus aperte o gatilho termina logo com isso a morte é a única clinica pro meu vicio. 4x. A campanha da TV me mostra como um burro que na escola vai repetir ser mau aluno em nenhum comercial cusão do publicitário me expõe como vitima do trafico aqui só é humilhado pobre que usa droga nunca o boy dono da plantação de coca a lente não faz foco em condutor de maranelo com personal trainer e endereço em campo belo filma ai o gambe trazendo crack pra eu vender recebendo divida com moto e DVD governo omisso mete areia com campanha falsa que resulta em carne envenenada no seu cão de guarda e você asfixiado com gás que sai do forno pra eu trocar por cinco "g" seu vinho do porto se viciado é criminoso tão tudo perdido tratamento clinico não é choque no distrito com meu pinto eletrocutado eu não vou ser recuperado vou entrar "16" sair "121" graduado o moleque com a cola do lado do chafariz só incomoda quando tá com a PT no seu nariz sem formação acadêmica entendo a metamorfose a criança hoje com heter amanhã o ladrão com a "9" deus mata o filho do político de overdose pra nunca mais um orar pro senhor pedindo a morte. [refrão] deus aperte o gatilho termina logo com isso a morte é a única clinica pro meu vicio. 4x.
Compositor: Carlos Eduardo Taddeo (Eduardo) ECAD: Obra #1219547 Fonograma #53706966