O Rei da Montanha
Nunca gravei CD, mais sou ídolo, astro pique Hollywood, mesmo sem filme exibido.
Êxito comparado a gênio de wall street, transformei minha fome em kawasaki, buick.
Virei Davi porque pus o Golias no tonel e queimei vivo, sou Moisés porque degolei o faraó do Egito.
Sem Apollo 11, pisei na lua, pra paralisia mental, sou Albert Sabin, a cura. Mito tipo Senna sem Mac Laren de astra, dando pinoti na força tática.
Cheguei no nível marvel sem origem mutante, com seqüestrado de Ray Ban com fita isolante.
A foto do meu refém esperando resgate, faz virar trote de faculdade, os presos no Iraque.
Não atrai a roupa suja de graxa ou respingada de tinta, o capacete da obra, a luva do eletricista.
Porque o prêmio é cama marabrás, nome no SPC, mesmo em 24 parcelas no carnê.
Desde a creche é definido o joelho no milho, colo só neném de pampers, não pra fralda de pano com mijo.
Nem masoquista quer ser o pai que falsifica receita, esperando dó do cu da Pajero, fingindo que usa muleta.
O pacote Browning, 12 molas, harém de piranha, enterra o plebeu e dá luz ao rei da montanha.
Sou o hits da Billboard, o mito, a lenda, honras de chefe de estado, astro de cinema.
Sou o herói, o espelho, o sonho da criança, a mão com a micro Uzzy, O Rei Da Montanha.
Colou um ganso de opala, placa fria, ai Brother, liga quem vende uma farinha.
Cusão cê é Denarc, nem saquei do coldre, foi de bloco, não gasto bala em carne podre.
O boca a boca da fama mais que flair, faixa, em um minuto o ato heróico é louvado na quadra.
Injeta ânimo no pivete de conga maior que o pé, doação da patroa da mãe, descolado com chulé.
Vêem em mim a esperança de não acabar vendendo churrasco, amendoim torrado, no terminal santo Amaro.
Curo os 40 de febre maculosa, que vem do carrapato do pangaré que puxa a carroça.
Não quis ser pivô do All Star Games do crime, quer ser pelé em Guadallara, comandando o Dream Time.
Só que pra ter o cinturão e o mundo a seus pés, é só com o inimigo nocauteado e o juiz contando 10.
Valeu Hiram Maxim, George Lugger, Samuel Colt, traca, revolver, pistola, grandes inventores.
Sem vocês não tinha chance da piscina climatizada, do duplex com closed e sala de ginástica.
Minha mãe foi Joana Darc, polindo talher de prata, mais não quis seu legado de rodo e bota plástica.
Quem tem Coração de Zumbi, não aceita cortar cana o vira lata laçou a carrocinha, virou rei da montanha.
Sou o hits da Billboard, o mito, a lenda, honras de chefe de estado, astro de cinema.
Sou o herói, o espelho, o sonho da criança, a mão com a micro Uzzy, O Rei Da Montanha.
A porta do inferno é larga, do céu é estreita, exige rádio comunicador, 12 punheteira.
A voz de satã vem via satélite pela antena, lava seu cérebro, te torna escravo da influência.
Põe na lancheira um buldoguinho em vez de pão com patê pra vencer inimigo como Dragon Ball Z.
Não deixa o Monza Heat trazer a felicidade só vem com a Hugo Boss mandando o personal stile.
Constituição é a promissória com o povo, inadimplência fez Ceasar Park, vira Bósnia, Kosovo.
Vi muito algemado indo pro exame de corpo delito, sendo reconhecido atrás do vidro.
Porque quis comprar insulina, porque era diabético, ou rivotril pra controlar ataque epilético.
Vi em putrefação o vocal do coral, que cansou de sonhar com emprego no prédio da força sindical.
Virou cliente Itaú personalite de Winchester, roubou arma do GOE, pro empréstimo na Fininvest.
Aqui se o olheiro não ver seu talento no gramado, tem mais um anunciando rins nos classificados.
Me preferem de calça bege recluso, mesmo 16 vezes mais caro que educar um aluno.
Cusão não deixa minha Uzzy ser o sonho das crianças, não deixa um Ray Charles querer ser rei da montanha.
Sou o hits da Billboard, o mito, a lenda, honras de chefe de estado, astro de cinema.
Sou o herói, o espelho, o sonho da criança, a mão com a micro Uzzy, O Rei Da Montanha.
Compositor: Carlos Eduardo Taddeo (Eduardo)
ECAD: Obra #3243754 Fonograma #1109059