Aninhas tem paciência É o jeito que fazes Eu não tenho outra mesa aonde possa atendelos São dois velhos arretas que Se julgam rapazes Mas são fragueses bons E não convem perdelos E Aninhas resignada Afastou-se discreta Lançando toda via o seu cansado olhar Pelas turbas juvial e não ha quem selecta E enchia de alvoroço O hino cante par
E logo aquela mesa acolheu sem entraves Álem de bom champagne e taças de cristal Duas mulheres gentis e dois sujeitos graves Dispostas ao clamor de louca infernal Entretanto na rua entrega aos próprios passos Aninhas recordavam seu esplandor perdido Alegria nos rostos, as pulseiras nos braços A casa mobilada e o camarim florido
Lembro o que fora outrora É por isto que está famada Que acende um clarão de tantas paixões cegas E o que hoje esteve em triste Era o que em fim convidava A se ver se o aneza ás modernas colegas E por elas maldizem em carata profissão Que as levem gloriamente ao destino mais reles Quem manda a mocidade atrás de uma ilusão Mais breve do que um fundor de um casaco de peles
Aninhas éras nova nao pensaste á luxuria te entregaste sem prever os resultados Não viste de que lado estava o mal Levaste a vida em carnaval E terminaste em finados Não viste de que lado estava o mal Levaste a vida em carnaval E terminaste em finados