Deixa eu tirar a máscara Assim eu falo abertamente talvez Cês entendam minha visão Eu creio que isso passa O que nuca vai acabar é esse país contaminado Pelo vírus da corrupção
Só tiro no pé e no seios da sociedade O estado é maníaco passa a mão e abusa Pra político arrombado Recorrem até 10 instancias mas condena logo á cárcere Um manifestante na rua
A verdade que é nua e crua pra nós se resume em dor Pra eles a vergonha e querem segredo Menino João Pedro foi alvejado dentro de casa Pela policia pergunta depois e atira primeiro
O que nos condena é o preconceito A roupa que tá vestindo a cor, o corte de cabelo Que liberdade é essa princesa Izabel Que não serviu pra me ver livre só pra lembra que eu sou preto
Miguel Otavio cai do prédio aos cuidados Da primeira dama que pede desculpas pelo erro Eu queria ver se a culpada fosse a mãe preta empregada e a vítima acidentada fosse o filho do prefeito
Claro que não, não ia ter boi, vichs É pé na porta ia ter voz a esteriotipização Que condena pobre preto favelado As mazelas sociais que eles chamam de globalização
Talvez o auxilio não seja tão emergencial Pra quem trampa de terno e gravata e nós com ordem de despejo, Hashtag fica em casa é aluguel, luz e comida Ver se sobra o da internet pra assistir live do sertanejo
Não acredito e você pode Jair desacreditando do falso Messias Do que ele tem dito que é o futuro da nação Que promete essa falsa paz volta na bíblia Tá mais pra anticristo
Se quiserem calar nossa voz pode até tentar Somos soldados que de esperança vive Oh Lord, oh DK máximo respeito, o conceito é o mesmo Mas a favela sobrevive
Eu queria mudar Eu queria mudar Eu queria mudar Eu queria mudar O mundo sempre vai ser assim Eu correndo pelo certo e os cana vem atrás de mim
Mas eu sigo na paz que os inimigo vem depois No peito a saudade dos amigos que se foi Do lado de cá da ponte fica mó esquisito Sobreviver aos dias tão letais é sacrifício
Quem diria Aritana dos seus dezoito não passa Mas pulei essa etapa igual pulava as catraca do busão Hoje estou aqui, parece que consegui na rua fiz escola aprendi Hoje elevo o grau de formação
Os moleques no sonho da BMW de x1 até x5 Sem atropelar o esforço no barraco de tijolo sem reboco É onde o filho chora pelo sonho e a mãe nem ouve seu choro
No olho do furacão é só um sopro Desigualdade mais racismo é igual a cartilha do bozzo Alienação explícita sem máscara no rosto O que cês falam mi-mi-mi eu vejo um porco ajoelhado num pescoço
A favela sobrevive enclausurada Pelo medo da justiça que faz vítima a todo instante Guilherme Silva é vitimado por mais um polimicida Que usa farda perfumada e sua essência cheira a sangue
Características dessas estatísticas de fato premissa Que geram revolta é ver a mão fazer arminha Política do ódio a violência predomina
Na ideia de que dias melhores viram Eu acredito que racistas não passarão Nossa união que faz a força pra eles é forca pra eles é poucas É só água no pulmão
Sobreviver é arte todo dia uma superação Se nessa selva é um por dia, então solta os leão