A última vez que matiei contigo Vi um índio tordilho já sem ilusão, Vi nos teus olhos a esperança já gasta E a certeza do fim tremendo em tuas mãos A última vez que matiei contigo Escutei tua história em tom de despedida Falavas do ontem forçando a memória Falavas do agora com voz de fadiga Maniei as lágrimas naquele instante Fiquei meditando pois sei da partida Pedi a DEUS por tua alma gaúcha E que em SEUS braços te desse guarida Te foste em noite bordada de estrela Nos jornais, nas antenas teu nome foi dito Representas a parte que honrou a história Payador, mergulhão que voou pro infinito Payador, mergulhão que voou pro infinito O teu funeral, que coisa gaúcha Levaram o teu pingo aos pés do caixão Que olfateando tristezas sentiu tua falta E silenciando o relincho se fez solidão, E silenciando o relincho se fez solidão. Teu pingo encilhado se sabia sem dono, Os lenços acenando cumpriram o ritual, O Hino Gaúcho se fez prece cantada E a bandeira farrapa foi teu manto final. O teu funeral, que coisa gaúcha Levaram o teu pingo aos pés do caixão Que olfateando tristezas sentiu tua falta E silenciando o relincho se fez solidão, E silenciando o relincho se fez solidão, Silenciando o relincho se fez solidão.
Composição: Intérprete: Frederico Viana, 1º Levante Da Canção Gaúcha - Capão Do Leão