Na era medieval começa o meu carnaval No paraíso eu me vesti de branco E no "martírio eterno", o vermelho é meu manto Navegando ao oriente, "Seu" Cabral O "Jardim das Delícias" descobriu "Seu" Caminha escreveu o que ele viu Maravilhas do Brasil Bordunas, tacapes e ajarés Na dança o índio põe ao seus pés Mas nascem idéias diversas, são mentes perversas Não foi essa a lição dos pajés Ire, ire, pra agba yê O negro canta, o negro dança em liberdade Ire, ire, pra agba yê Pra agba yê, felicidade Bem longe daqui, na festa da coroação O negro africano, nos seus desenganos Desfaz-se dos planos, pro branco explorar Preso nas correntes da vida São marcas que jamais esquecerá Mas o tempo passou e a felicidade eu vejo brotar Na luz da esperança, há paz e alegria Pro rei do universo abençoar O dia vai raiar, amor, amor Com a Viradouro eu vou, eu vou, eu vou Meu canto de amor se espalha no ar Quinhentos anos vamos festejar
Compositores: Gilberto Gomes, Gustavo, Dadinho, P. C. Portugal, Mocotó