Uma dose de Jack, um trago no crivo Hoje eu acordei disposto a tretar Tenho sangue na roupa, autodestrutivo Porra de vida ainda vai me matar Mas, não que me importe, se foda, também Minha mina pergunta: "amor, tu tá bem? " Tu sabe que não admito pra ninguém Tremendo de raiva, essa porra não é clemb Já faz algum tempo, abandonei a terapia Sobre mim, entendi que era noite de anarquia Pergunta pra ele da Glock com a melodia Pergunta pra mim o que é ter a alma fria Outra noite em claro e meu vômito na pia Isso é literal, mano, não é analogia Imagina se tivesse alimentado a fantasia De estourar minha cabeça com um fuzil na infantaria Calma Minha mente me engana, sei o que ela trama, metade sem nexo Alma Prefiro ter grana, pois poder aqui compra de amor a sexo Trauma Supero, ignoro. Tomo, não imploro. Finjo ter nenhum Palmas Pra quem, como eu, aguentou sem assinar um 121 Mano, eu sinto a maldade na veia Pique Ponzi, pra eu mesmo eu minto Parece que tô preso nessa teia Igual meu tio no privado há cinco Igual ao Fill, rima viva na pele amaldiçoada, ser bom nisso aqui Mil do meu lado querem que eu me ferre Dez mil do outro pisam se eu cair Então, que se foda, é sem amizade Quer confiança, mano? Então me prova Os poucos que eu tinha que eram de verdade Hoje tão longe ou tão numa cova Duas doses de Jack, um maço de crivo É que eu nem sei se acordo amanhã Por essa noite ainda tô vivo Se eu não surtar, salve pro Diazepam Sério
(Zombie Johnson)
Eu só preciso de um dia de chuva Dia pra enxugar, dia pra sentir que a vida é uma e fazer Bora tentar, lançar umas peças na rua e lançar sinfonias pra te viciar Tem que vender, pensamento é nota Ainda que o sol não brilhe, eu não posso permitir que um dos meus venha tombar Puta guerra, falcatruas, onde a vivência conceitua os tiros virão sempre Põe sangue de Cristo na taça Faz um brinde pros camaleões Não esqueça que já dividi meu pão Engordei Cada falso que já estendi a mão Perigando ficar sem mão Me fiz de lobo da matilha Vazei Cortando as Br com o meu corta vento Atento a tudo e o movimento me dizia que eu devia parar Não que alguém tivesse dito que o destino era outro Foda que a condição não permitia tentar Só que o flow é de demônio, vagabundo Droga pra vender, sempre vai ter vaga na banda Exemplo melhor é traficante com grana E tu achas que o menor vai levantar depois que sangra? Pesa na vivência, sou anarquista da balança Embalando as bolas de kush Minha depressão não visa push Cabeça voa, eu brindo com sangue Os melhores se matam com a própria mão no fim da noite
(Tonioli)
Jack, Jack, Jack Outra dose, eu tô pronto Muito trampo, pouco sono Sempre buscando confronto Sigo sempre atento, nem me surpreendo Se quiser arrumar comigo, eu vou te causar sofrimento Outra crise, reprise, senti que tô vivendo a minha vida tipo um filme Só que não é Disney, é estilo Jogos Mortais E eu sou Jigsaw, corto todos os meus rivais Jack, Jack, Jack Olha só o que me tornei: o personagem principal do "O Retrato de Dorian Gray" E agora eu já nem sei o que quero, o que almejo Com apenas 29 eu tenho tudo que desejo Se pá mais um beijo antes da despedida Preciso de um desfecho que traga sentido à vida E não chegar no fim da linha com uma estante de pendências Quero história de conquistas que elevem minha existência E, Jack, desabafo contigo, de dois anos pra cá você tem sido mais que um amigo Sim, o meu fardo é pesado, é melhor de carregar se tenho você do meu lado Sempre atordoado, sempre desconfiado Tô dormindo de olho aberto com uma Glock do meu lado E se quiser bater de frente eu te sugiro uma prece Desrespeita a nossa banca pra tu ver o que acontece E pra calar os críticos: olhei pra minha conta e me perdi com tantos dígitos Sei que não tá típico, mas é tudo lícito Eu fiz tudo sozinho, sem mamar nenhum político
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Compositor: Welington Gilvan da Silva (Letodie) (UBC)Editor: Sony Music Publishing (UBC)ECAD verificado obra #32016495 em 02/Jun/2024 com dados da UBEM