A saudade fez morada No peito deste peão Eu sinto grande tristeza Machucar meu coração Cada veia do meu corpo Representa um estradão A boiada caminhando Na minha imaginação O cincerro do madrinha Por dentro da veia minha Também faz circulação
No sangue deste peão Ficou tudo misturado Tem grito de boiadeiro No silêncio do cerrado No chapadão da saudade O berrante apaixonado Ecoando no meu peito Me faz sonhar acordado Comitiva e boiadeiro Circula meu corpo inteiro Que me deixa arrepiado
No silêncio da saudade À noite quando me deito Sinto casco de boiada Pisoteando no meu peito A chiar de uma chaleira Me desinquieta no leito O barulho de espora Me sufoca, não tem jeito Parece que estou sonhando Mas ouço peão gritando No estradão do meu peito
No cerrado do meu corpo Uma arribada ficou Foi uma rosa tão linda Que no meu jardim brotou Laçou o meu coração Deu um pealo e derrubou Neste peito de peão Uma cicatriz ficou A saudade corta e fura Não tem remédio que cura Onde o amor machucou
Compositores: Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro) (SOCINPRO), Jose Severino Balieiro (Joao Ferreira) (ABRAMUS)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)ECAD verificado obra #53942 em 01/Abr/2024 com dados da UBEM