A tropa vinha estendida pastando no corredor eu empurrava culatra e também fazia fiador num bagual gordo e delgado arisco e corcoveador que se assustava da estaca e da sombra do maneador
É brabo a vida de um taura que só trabalha de peão nisso uma lebre dispara debaixo de um macegão meu pingo só deu um coice escondendo a cara nas mãos saiu sacudindo o toso e cravou o focinho no chão
Tentei levantar no freio mas era tarde demais eu vi uma poeira fina formando nuvens para trás berrando se foi a cerca e cruzou pro lado de lá parecia uma tormenta cruzando em Maçambará
Se enganchava nas esporas sobre a volta do pescoço cortando couro com pêlo e tirando lascas de osso naquele inferno danado "bombiei" pro meu cebolão regulava quatro e pico numa tarde de verão
Senti a força do vento me arrancando dos arreios e aquele bicho parecia que ia se rasgar no meio deixei manso e de confiança montaria de patrão pois honro o nome que carrego me orgulho de ser peão
Compositores: Euclides Moreira Alves (Quide Grande) (ABRAMUS), Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio) (ABRAMUS), Valter Antonio de Souza (UBC)Editor: Acit (ABRAMUS)Publicado em 2007 (19/Nov) e lançado em 2007 (10/Dez)ECAD verificado obra #2236170 e fonograma #1294377 em 08/Abr/2024 com dados da UBEM