Marcos e Galhardo
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Caipira Contrariado

Marcos e Galhardo


Já faz quinze anos passados
Que com a joana fui casado
Hoje eu vivo arrependido.
Eu morava lá na roça
Numa pequena palhoça
Mas lá eu era querido.
Eu tinha muita fartura
De legumes e verduras,
Frango e muito mantimento,
Depois que eu vim pra cidade
Falo com siceridade
Só tive aborrecimento.

Agora minha mulher
Tem que ver como é que é
Ficou muito regatera,
Passa batom,passa pó,
Vai no salão do forró
E lá dança a noite inteira.
E quando sai de passeio
O trem então fica feio
Só volta fora de hora.
Anda só de mini saia
Todo dia vai na praia
E para voltar demora.

Dou urm duro no pesado
Fico as vezes preocupado
Porque não sobra dinheiro.
Acabou minha fartura
Eu vivo nesta pindura
Na cidade o ano inteiro.
Toda noite vou a pé
No boteco do mané
Pra beber uma pinguinha,
E lá num canto encostado
Fico lembrando o passado
Da vida boa que eu tinha.

Minha filha dorotéia
Também já mudou de idéia
Querendo ter mais conforto.
Arrumou um namorado
Pensando que era abonado
Sem ter onde cair morto.
O que se passa comigo
Até parece um castigo
Também parece mentira,
Mas é a pura verdade
Acho até que a cidade
Não é lugar de caipira.

Compositores: Luiz de Castro, Braz Aparecido de Lima (Braz Aparecido)
ECAD: Obra #4323172

Letra enviada por Braz Aparecido

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