Mauro Norman
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Cidade Azul

Mauro Norman


Cidade Azul


Estive aqui, pra' cá vim e ao te olhar:
Acaso, abrigo, um dia te espero chegar em mim.
Terra de Açores, amores se foram
Cores, sabores e males da “Ilha”

Retratos em sombras, bizarros carnavais.
Ilhados por curvas, Provínica ninguém.
O meu lugar.

Cidade azul, aterros e terral.
Ventos que sopram da terra prós' mares – Frieza me dêem!
De quem é esse lugar? Pergunto se posso: Ficar um pouco mais?
Cenário azul, recortes e moldes.
Mangue e sangue negro, mistura e paz! Sinto!

Uma Costeira, barracos à beira acenam o caos.
Aos povos da "Expressa", expostos na dor.
Aos donos do palco, os devíos e as fraudes.
Relevo o afronto, teus olhos: desprezo.

Revelo meu grito. Colónia vintém
És meu estar!!!!!!!!!!!

Estive aqui enfim estou a te olhar, de fato incides, saibas
quem fui e quem sou.

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