A proposta é passa uma visão
Cuja a qual toque o coração
E o tema, é a desigualdade social

E eu me propus a fazer esse som
Passar um pouco da visão
Sobre esse assunto, que pra população é crucial

De pião lá em alphaville, me deparo com um carteiro
Entregando um celular, trampando sem receio
Enquanto aqui em perus, a senhora espera com anseio
A carta do seu filho, que hoje se encontra preso
Foi preso por que roubou, duas bolacha
um leite e uma coca-cola
O alkimin ninguém julgou, é o mensalão
lava jato e a merenda da escola

Presumo que era pra ser tudo igual
Mas na favela falta incentivo
Sobram drogas e falta hospital
Te dão um oitão, mas não te dão um livro

O dinheiro que torna o ser humano desigual
É o que faz da vida, um grande mistério
Porque faz diferentes enquanto estamos vivos
Mas não faz diferença dentro do cemitério

Tudo começa de pequeno
Na escola divididos em classe
Todos falam sobre igualdade
Mas só vivem ela os que sustentam a base
E pros que não estão entendendo
Disserto sobre esse impasse
Tratam o pobre com indiferença
E a nossa sentença é sempre viver no quase

A, filosofia do meu povo pobre
É a reflexão do pouco que ele ganha
O salário era pra render um mês
Mas infelizmente só dura uma semana
E, se caso o meu povo vence
Mesmo sendo sofrido, humilde e favelado
Poucos vão perguntar qual a sua origem
Muitos vão dizer, que é fruto do mundo errado

Pais de solo rico e de pessoas importantes
Só vejo o pobre dividindo o pão
Somos esquecidos em favelas ou d'baixo de pontes
Pais de solo rico e de pessoas importantes
Diminui a plebe, e multiplica as contas
Essa é a matemática dos governantes