Acordo com o som de chuva que não quer parar Abro a janela aos poucos deixo a chuva entrar Vejo a terra secar no temporal Sinto o tremor chegar sem dar sinal
Vejo tanta gente gritando sem saber por quê Vejo tanta coisa chegando mesmo sem querer Tanta gente que vai dar no pé Que espera sinais, que calcula a fé
É que não vejo sentido nesse culto Onde o que não se encaixa é um insulto É que em minha alma habita uma criança Que ainda não perdeu a esperança
Brigo pela minha aurora, pelo o que há de vir Luto pra viver no agora, no que existe aqui Mesmo em meio ao caos do temporal Mesmo sem previsão de algum sinal
Vejo o clarão da aurora que não quer chegar Ouço o vento suspirando em pleno alto mar Tento me acostumar sem me entregar Remando sem parar sem hesitar
É que o tempo é implacável nesse mundo Onde coisas se acabam num segundo É que em minha alma habita uma criança Que ainda não perdeu a esperança
É que nada no resumo é importante Onde tudo se apaga num instante É que em minha alma habita uma criança Que ainda não perdeu a esperança
É que é tudo muito estranho nesse assunto Onde tudo que se ouve é tão profundo É que em minha alma habita uma criança Que ainda não perdeu a esperança
Compositor: Rafael Mendes Francisco (Mederos) ECAD: Obra #39234676 Fonograma #43726027