Perdido dentro do sistema,

trancado sem chave

Ninguém sentirá falta

de uma ameaça para a sociedade

Uma bruta falta de potencial,

más decisões tomadas a despeito

Um delicado gatilho automático

e uma vida desperdiçada

Tentando quebrar o alicerce

de uma família destruída

Lutar contra o seu fracasso

e viver de joelhos

Culpado de um crime de não-conformidade

Um juiz de enforcamento e o júri

proferiram a pena

Uma injeção letal;

agora eles vêem o corpo sacudir

Exterminem o problema,

só que não deu certo

Sem sinais vitais

Eles declararam que ele não estava lá

O delegado nunca verificou

porque ele não se importava com porra nenhuma

Enganando quanto ao corpo

Todos acreditavam que ele morreu

Ligando o carro fúnebre

Organizando um trajeto final

Como um assobio ouvido do cemitério

quando passando por perto à noite

É uma ilusão fatal

pensar que o mal nunca morre

Em um necrotério sombrio

fedendo a formaldeído

Despertado do sono mortal

Algo abriu os seus olhos

Derramar todo o sangue deles

foi uma promessa que ele cumpriu

O ódio tão forte o reviveu

de um sono necrótico profundo

Arranhando o caixão fechado

até os dedos sangrarem

Ele pegou uma faca

e começou uma pequena vivissecção

Um carniceiro, obcecado,

massacrando todos com sua lâmina

Do primeiro até o último

Ele os despachou para a sepultura

É uma ilusão fatal

O mal nunca morre

Nunca morre