Em movimento retilíneo, sigo em frente sem parar Transito congestionado, me obriga a ir devagar Estou cercado, de estruturas provisórias Prédios, carros, ônibus cidade cinza Ilhado nessa multidão, de incertezas Se a gentileza gera a gentileza
Não entendo o porquê Nos importamos mais com a beleza exterior Se com os olhos fechados É que posso enxergar o meu interior
Licença aqui seu doutor, vou entrar por seus ouvidos Mesmo que você não queira, daqui sai sons e ruídos Só maluco de primeira, só o cheio da zueira Que se espalha pelo ar Estava escrito nas estrelas O som se espalha pelo ar
Refrão Vencer, não se resume em ganhar Vai depender na sua força de vontade e lugar Pois hoje eu sei o quanto é precioso amar Sei que sonhar é necessário mas já é hora de acordar
A cidade é cinza, faça sol ou caia chuva Alameda ou avenida Da arco verde a aricanduva, tempestade, chuva fina O sol quente aquece a vida, arrastão, povo, muvuca Camelos, guetos e vilas, hoje é dia de neblina Essa é a cidade cinza Onde o centro fede a mijo, prostitutas nas esquinas A metrópole do medo, dinheiro pressa na rotina Monocromática e sem alma, bem vindos a cidade cinza Choveu alagou, a cidade parou Em questão de segundos o rebuliço se formo
Buzina, badulaque, prontos pro ataque Ilhados nessa vasta imensidão do mal que invade Em questão de segundos, pode se perder tudo A miséria é um insulto, motiva a fé do mundo É o dilúvio, é o diluvio, em questão de segundos Pode se perder tudo
Compositor: Jean Marcus Ferreira de Melo (Monkey Jhayam) ECAD: Obra #17241868 Fonograma #25174229