Mosquito
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Verso Ligeiro

Mosquito


Deixa que eu comando esse pagode
Pode seguir nesse mesmo tom
Firma esse partido que meu verso é atrevido
Já sou íntimo de boca e não dou mole pra batom

Verso ligeiro desafia o pensamento
raciocínio muito lento não consegue acompanhar
A boca treme a língua trava fala some
O homem larga o microfone pra não desenculatrar

Cobra é a mesma coisa que serpente
passarinho não tem dente engole sem mastigar
Quem fuma traga deve paga come caga
roga e logo volta a praga pra te desorientar

Deixa que eu comando esse pagode
Pode seguir nesse mesmo tom
Firma esse partido que meu verso é atrevido
Já sou íntimo de boca e não dou mole pra batom

Canto de barriga fraca é ronco
Jacaré no lago é tronco
pra quem ta pra se afogar
Já vi valente bem mais cantador que galo
Quase entrando pelo ralo
segura pra não chorar

Tá sem dinheiro mas quer beber cana pura
Quando Manoel pendura vira rei dentro do bar
Na bebedeira bebe o dobro da vontade
Diz que só bebeu metade quando é hora de pagar

Deixa que eu comando esse pagode
Pode seguir nesse mesmo tom
Firma esse partido que meu verso é atrevido
Já sou íntimo de boca e não dou mole pra batom

Compositor: Pedro Assad de Medeiros Torres (Mosquito)
ECAD: Obra #23476042

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