Desde que o negro aqui veio Arrancados do seio da África Oh! Mãe África São os homens do gueto Reféns do preconceito Que o branco causou em seus peitos
Não somos mais mercadorias Mas pra vocês Ainda somos menos que vocês
De lá para cá, não mudou quase nada De lá para cá, chamam-nos sub-raça De lá para cá, herdamos só...
Herdamos só a tua intolerância Herdamos só desigualdades Herdamos só teu preconceito Mas não herdamos de vocês a paz
Gritos do Gueto São os gritos do gueto Gritos do gueto já não nos ouvem mais Gritos do gueto São os gritos do gueto Gritos do gueto Nós só queremos paz
Desde que o branco aqui veio Em solo brasileiro Promoveu destruição, degradação Nossos índios desconheciam A ambição, o egoísmo Mas os brancos trataram logo de lhes ensinar
Destruíram nossos costumes, Se apossaram de nossas florestas Que ainda hoje sofrem desimação Assassinaram nossas famílias Sugaram todas as riquezas daqui Mas Tupã viu Que Tupã os faça pagar Pois a ira de Tupã não falha
De lá para cá, não mudou quase nada De lá para cá, chamam-nos sub-raça De lá para cá, herdamos só...
Herdamos só a tua intolerância Herdamos só desigualdades Herdamos só teu preconceito Mas não herdamos de vocês a paz
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O índio e o negro O índio e o negro O índio e o negro Duas dignas raças O índio e o negro O índio e o negro O índio e o negro São a pura raça
O índio e o negro O negro e o índio O índio e o negro Duas dignas raças O índio e o negro O índio e o negro O índio e o negro São a pura raça