Comecei há tempo trabalhar na estrada Com um caminhão de dez toneladas Um bom encerado e corda trançada Com a ferramenta embaixo da almofada
Levo a minha vida sempre atribulada Não tenho domingo, feriado nem nada O meu caminhão é minha morada Na sua cabine eu faço pousada
Se a estrada é lisa pro carro rodá Eu ponho as correntes pra não derrapá Vou cortando chão até onde dá E se o carro atola não pego forçá
Eu tenho um chicão que é pra levantá E com o enxadão começo a plainá Eu faço uma estiva sem me lamentá Com uma reduzida eu saio de lá
Eu só viajo à noite, esta é minha sina Tenho um bom farol pra cortá neblina E se chove muito abaixo as cortinas O gigante roda pra onde se destina
Eu já fiz direto do Rio a Londrina Fui a Blumenau, em Santa Catarina Eu fui de Goiás cortando as campinas Pra Belo Horizonte capital de Minas
Eu faço transporte seja pra onde for Fui de Porto Alegre pra São Salvador E de Curitiba transportei valor Rumo a São Paulo cortando o interior
Eu tenho cuidado, não forço o motor E não piso muito no acelerador Viajo sozinho sem nenhum temor Com fé em São Cristóvão que é meu protetor
Compositores: Ado Benatti (UBC), Luiz Raymundo (Luizinho) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)ECAD verificado obra #15456 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM