Quando questionados se seria mais difícil alcançar ou manter o sucesso, 99% dos artistas certamente escolheriam a segunda opção. E esta pressão é mil vezes maior quando o sucesso "bate a porta" logo no disco de estreia. Infelizmente para muitos cantores e bandas o segundo trabalho não acaba agradando tanto quanto o primeiro, seja por razões adversas ou por suas próprias más escolhas. Confira a seguir três álbuns de artistas que estrearam direto no topo mas ainda não conseguiram repetir a dose nos discos seguintes.
Em 2007 a banda do Brooklyn, Nova York, formada por Benjamin Goldwasser e Andrew VanWyngarden despontava como uma das mais originais de synthpop, graças ao álbum de estreia "Oracular Spetacular" que vendeu 500 mil cópias e contava com hits como Electric Feel e Time To Pretend. Em 2008, o MGMT também foi apontado como uma das "dez bandas para se prestar atenção" e também teve seu disco na posição de n. 18 na lista dos melhores da década da revista Rolling Stone.
Já o segundo disco "Congratulations", lançado em abril de 2010, mesmo sendo a melhor estreia da banda com 66 mil cópias vendidas só na primeira semana, nos dezoito meses seguintes vendeu somente outras 11 mil cópias. Neste ano o MGMT começou a trabalhar no terceiro disco.
Em março de 2005 o Kaiser Chiefs lançou seu primeiro disco "Employment", precedido pelo single Oh My God, que ganhou versão de Mark Ronson e Lily Alen. A revista NME chegou a colocar a canção na posição de n. 36 dos maiores hinos indie de todos os tempos. Porém o hino da banda se tornou a segunda música de trabalho I Predict A Riot. No ano seguinte eles ganharam o Ivor Novello de melhor álbum do ano e três Brit Awards (melhor banda britânica, melhor artista de rock e melhor artista novo).
Seu sucessor, "Yours Truly, Angry Mob", veio em 2007 e rendeu à banda somente um hit que foi a faixa Ruby. Este disco vendeu 800 mil cópias, uma queda de quase 55% se comparada aos 2 milhões de cópias vendidas do disco de estreia. O Kaiser Chiefs já lançou outros dois álbuns, "Off With Their Heads" que vendeu 200 mil cópias até o momento e o mais recente "The Future Is Medieval", lançado em junho deste ano e que alcançou a 10º posição da parada inglesa mas permaneceu lá somente por cinco semanas.
Um dos casos mais extremos seria o da galesa Duffy. Seu álbum de estreia "Rockferry", vendeu 2.2 milhões de cópias somente no Reino Unido e seu sucessor "Endlessly" mal chegou a 10% desse número, com 200 mil cópias vendidas. Segundo um advogado especializado na área musical, o caso de Duffy é típico de artistas que se deixam levar pelo sucesso. Por achar que estava sendo passada pra trás, a cantora rompeu com sua empresária e o produtor, co-autor de algumas faixas e a pessoa que tocou a maior parte dos instrumentos em "Rockferry".
"Por que eu tô dando 6% dos royalties, um terço dos direitos de publicidade e 20% de comissão para outras pessoas? Eu sou um gênio e farei eu mesmo." E depois fazem um disco ruim sem nenhuma orientação de profissionais. E se perguntam por que deu tudo errado" disse o advogado como exemplo do que teria acontecido. Em fevereiro deste ano Duffy declarou que entraria numa pausa indefinida da música antes de lançar seu terceiro disco.
