Morreu nesta madrugada aos 66 anos Emílio Santiago. Considerado um de nossos melhores cantores, ele estava internado no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro desde o dia 7 após ter sofrido um AVC. Em uma carreira de 40 anos, Emílio deixa uma obra vasta, respeitada - são 30 álbuns - e de grande aceitação popular.
Emílio Santiago era dono de um estilo contido e sutil que deixava claro o seu amor pela bossa-nova. A diferença é que ele nunca foi um mero seguidor de João Gilberto - que se declarou publicamente fã dele - mas sim dono de um estilo próprio e único que não abria mão da emoção quando necessário.
Isso porque antes de se encantar com João e a bossa-nova, ele ouviu muito os grandes cantores velha-guarda. Dessa forma os boleros de Anísio Silva e o vozeirão de Cauby Peixoto também impressionaram positivamente o futuro cantor e foi essa combinação que forjou seu estilo.
Emilio Santiago quase não se tornou artista. A pedido de seus pais ele se formou em direito e quase essa se tornou sua profissão, mas aos poucos o lado artista foi falando mais alto.
Incentivado por amigos ele começou a participar de festivais . Depois de ganhar vários prêmios neles, o Brasil perdeu um advogado e ganhou aquele que se tornaria um de seus melhores cantores.
Após trabalhar em boates e como crooner o primeiro disco saiu em 1973 e ainda que não tenha tido tanta repercussão ele mostrava que o cantor tinha algo de novo a acrescentar à MPB.
Até meados dos anos 80 Emílio Santiago foi uma espécie de "segredo bem guardado". Ele era respeitado e gozava de enorme prestígio, mas o desempenho comercial de seus LPs nunca foi dos melhores.
Tudo mudou em 1988 quando a convite de Roberto Menescal, ele gravou o primeiro volume das "Aquarelas Brasileiras" onde interpretava clássicos da nossa música.
O disco gerou outros seis volumes que, somados, venderam mais de 4 milhões de cópias e tornaram o cantor de fato popular em todo o país.
Após o fim da série, Emílio Santiago preferiu se dedicar a projetos mais pessoais e de inegável sofisticação.
De tributos à bossa nova e a cantores como Dick Farney até um antológico álbum gravado ao lado de João Donato, o cantor, ao contrário do que geralmente acontece, fez alguns de seus melhores discos já veterano . Seu último projeto foi o álbum "Só Danço Samba", dedicado ao repetório do "Rei dos Bailes" Ed Lincoln e que também serviu para marcar seus quarenta anos de carreira. No disco estavam vários sucessos do sambalanço dos anos 60 ao lado de clássicos da nossa música.
Relembre Emílio Santiago escutando "Saigon" talvez a canção que mais ficou identificada com ele.
Emílio Santiago era dono de um estilo contido e sutil que deixava claro o seu amor pela bossa-nova. A diferença é que ele nunca foi um mero seguidor de João Gilberto - que se declarou publicamente fã dele - mas sim dono de um estilo próprio e único que não abria mão da emoção quando necessário.
Isso porque antes de se encantar com João e a bossa-nova, ele ouviu muito os grandes cantores velha-guarda. Dessa forma os boleros de Anísio Silva e o vozeirão de Cauby Peixoto também impressionaram positivamente o futuro cantor e foi essa combinação que forjou seu estilo.
Emilio Santiago quase não se tornou artista. A pedido de seus pais ele se formou em direito e quase essa se tornou sua profissão, mas aos poucos o lado artista foi falando mais alto.
Incentivado por amigos ele começou a participar de festivais . Depois de ganhar vários prêmios neles, o Brasil perdeu um advogado e ganhou aquele que se tornaria um de seus melhores cantores.
Após trabalhar em boates e como crooner o primeiro disco saiu em 1973 e ainda que não tenha tido tanta repercussão ele mostrava que o cantor tinha algo de novo a acrescentar à MPB.
Até meados dos anos 80 Emílio Santiago foi uma espécie de "segredo bem guardado". Ele era respeitado e gozava de enorme prestígio, mas o desempenho comercial de seus LPs nunca foi dos melhores.
Tudo mudou em 1988 quando a convite de Roberto Menescal, ele gravou o primeiro volume das "Aquarelas Brasileiras" onde interpretava clássicos da nossa música.
O disco gerou outros seis volumes que, somados, venderam mais de 4 milhões de cópias e tornaram o cantor de fato popular em todo o país.
Após o fim da série, Emílio Santiago preferiu se dedicar a projetos mais pessoais e de inegável sofisticação.
De tributos à bossa nova e a cantores como Dick Farney até um antológico álbum gravado ao lado de João Donato, o cantor, ao contrário do que geralmente acontece, fez alguns de seus melhores discos já veterano . Seu último projeto foi o álbum "Só Danço Samba", dedicado ao repetório do "Rei dos Bailes" Ed Lincoln e que também serviu para marcar seus quarenta anos de carreira. No disco estavam vários sucessos do sambalanço dos anos 60 ao lado de clássicos da nossa música.
Relembre Emílio Santiago escutando "Saigon" talvez a canção que mais ficou identificada com ele.