O arranjador, produtor, maestro e tecladista Lincoln Olivetti morreu na noite de ontem (13) aos 60 anos depois de sofrer um infarto fulminante. Verdadeiro pioneiro no uso de sintetizadores no Brasil, Olivetti foi um dos grandes responsáveis por modernizar a MPB na virada dos anos 70 e início dos 80.
A lista de canções arranjadas ou produzidas por Olivetti é impressionante. Basta dizer que praticamente toda a MPB fez uso de seu talento em algum momento de suas carreiras. A lista passa das 300 música e inclui hits como "Palco" de Gilberto Gil, "Lança Perfume" de Rita lee e "Festa do Interior" de Gal Costa.
Graças a esses sucessos, Olivetti ganhou a fama de "midas" e o apelido de mago. Apesar do sucesso, ele demorou a ter seu talento reconhecido pela crítica especializada. Por vários anos ele foi acusado de deixar a música brasileira por demais padronizada e com uma sonoridade "internacional".
O som de seus discos também era o completo oposto daquele praticado pelas bandas de rock brasileiras da época, esses bem mais crus e diretos, o que também ajudou a criar essa polarização entre o som de seus discos e aquele ouvido nos álbuns do BRock.
O fato é que depois de um período de grande popularidade ele começou a se retrair, gravando cada vez menos. O novo século, bem mais aberto em termos musicais, serviu para que seu trabalho fosse reavaliado. Dessa forma, seus arranjos e produções se tornaram referência para uma série de artistas e novo produtores, que entenderam que ele revolucionou o jeito de se fazer discos no Brasil da mesma forma que Quincy Jones nos Estados Unidos em seus trabalhos com Michael Jackson.
Tanto Kassin quanto DJ Memê o tratavam como um grande ídolo e Ed Motta sempre disse que
em termos técnicos ninguém no Brasil atingiu o grau de perfeição obtida por ele.
Para o cantor e compositor. Olivetti era a prova definitiva de que era possível fazer um disco de padrão internacional em qualquer lugar, "basta dedicação e talento", como escreveu de forma emocionada no Facebook.
Essa admiração vinha não só por causa de seus trabalhos mais populares, mas principalmente por uma série de faixas menos conhecidas ou obscuras mesmo que produziu. O fato é que Olivetti ajudou a criar vários dos melhores momentos da black music nacional. Ele trabalhou com Tim Maia (que o considerava o melhor produtor do Brasil), Sandra Sá e Jorge Ben, mas também deixou sua marca em uma série de músicas pouco lembradas que são cultuadas por DJs daqui e do exterior que caçam discos que tragam seu nome nos créditos de forma obsessiva. Para conhecer esse lado dele vale a pena ouvir essa playlist criada pelo DJ americano Allen Thayer.
Olivetti também gravou alguns discos como artista principal. O álbum instrumental feito ao lado de seu grande parceiro Robson Jorge (morto em 1993) de 1982 há anos é objeto de culto. A dupla também foi responsável por "Babilônia Rock", o maior sucesso deles como intérpretes.
Pouco antes de sofrer o infarte, Lincoln estava trabalhando com Gal Costa em algumas faixas que estariam no próximo disco da cantora. No ano passado ele também trabalhou com Lulu Santos, com quem colaborava desde os anos 90.
Os dois compuseram a instrumental "Drones" presente no mais recente álbum do guitarrista. No Twitter, Lulu não segurou a emoção e disse estar com o "coração pesado".
Olivetti também pôde ser visto recentemente na televisão. Ele foi o líder da banda responsável por acompanhar os candidatos e convidados no "The Voice Brasil" da Rede Globo.
Ouça "Babilônia Rock"
A lista de canções arranjadas ou produzidas por Olivetti é impressionante. Basta dizer que praticamente toda a MPB fez uso de seu talento em algum momento de suas carreiras. A lista passa das 300 música e inclui hits como "Palco" de Gilberto Gil, "Lança Perfume" de Rita lee e "Festa do Interior" de Gal Costa.
Graças a esses sucessos, Olivetti ganhou a fama de "midas" e o apelido de mago. Apesar do sucesso, ele demorou a ter seu talento reconhecido pela crítica especializada. Por vários anos ele foi acusado de deixar a música brasileira por demais padronizada e com uma sonoridade "internacional".
O som de seus discos também era o completo oposto daquele praticado pelas bandas de rock brasileiras da época, esses bem mais crus e diretos, o que também ajudou a criar essa polarização entre o som de seus discos e aquele ouvido nos álbuns do BRock.
O fato é que depois de um período de grande popularidade ele começou a se retrair, gravando cada vez menos. O novo século, bem mais aberto em termos musicais, serviu para que seu trabalho fosse reavaliado. Dessa forma, seus arranjos e produções se tornaram referência para uma série de artistas e novo produtores, que entenderam que ele revolucionou o jeito de se fazer discos no Brasil da mesma forma que Quincy Jones nos Estados Unidos em seus trabalhos com Michael Jackson.
Tanto Kassin quanto DJ Memê o tratavam como um grande ídolo e Ed Motta sempre disse que
em termos técnicos ninguém no Brasil atingiu o grau de perfeição obtida por ele.
Para o cantor e compositor. Olivetti era a prova definitiva de que era possível fazer um disco de padrão internacional em qualquer lugar, "basta dedicação e talento", como escreveu de forma emocionada no Facebook.
Essa admiração vinha não só por causa de seus trabalhos mais populares, mas principalmente por uma série de faixas menos conhecidas ou obscuras mesmo que produziu. O fato é que Olivetti ajudou a criar vários dos melhores momentos da black music nacional. Ele trabalhou com Tim Maia (que o considerava o melhor produtor do Brasil), Sandra Sá e Jorge Ben, mas também deixou sua marca em uma série de músicas pouco lembradas que são cultuadas por DJs daqui e do exterior que caçam discos que tragam seu nome nos créditos de forma obsessiva. Para conhecer esse lado dele vale a pena ouvir essa playlist criada pelo DJ americano Allen Thayer.
Olivetti também gravou alguns discos como artista principal. O álbum instrumental feito ao lado de seu grande parceiro Robson Jorge (morto em 1993) de 1982 há anos é objeto de culto. A dupla também foi responsável por "Babilônia Rock", o maior sucesso deles como intérpretes.
Pouco antes de sofrer o infarte, Lincoln estava trabalhando com Gal Costa em algumas faixas que estariam no próximo disco da cantora. No ano passado ele também trabalhou com Lulu Santos, com quem colaborava desde os anos 90.
Os dois compuseram a instrumental "Drones" presente no mais recente álbum do guitarrista. No Twitter, Lulu não segurou a emoção e disse estar com o "coração pesado".
Olivetti também pôde ser visto recentemente na televisão. Ele foi o líder da banda responsável por acompanhar os candidatos e convidados no "The Voice Brasil" da Rede Globo.
Ouça "Babilônia Rock"