O sexto álbum da banda, acabaria entrando para a história como um dos três melhores feitos pelo grupo - ao lado de seus dois primeiros álbuns, ambos de 1967. Aqui o grupo volta a investir em um som mais pesado e calcado no blues, algo que já se prenunciava no trabalho anterior, "Morrison Hotel", deixando um pouco de lado sua faceta mais pop e imediata.
Isso talvez explique o fato deste ter sido o disco deles que teve menos destaque na parada americana. "L.A. Woman", chegou não passou da nona colocação no top 200 da Billboard, um bom resultado, claro, mas um pouco inferior aos resultados dos três discos anteriores (4°, 6° e 1° lugares respectivamente).

"L.A. Woman" talvez não seja o trabalho deles mais indicado para o neófito, esse estará mais bem servido com uma boa compilação, mas para o fã de carteirinha talvez ele seja imbatível. Ele pega a banda em um momento de pico e com inspiração redobrada - com 48 minutos ele também é o lançamento mais longo deles.
Como todo clássico, esse é daqueles álbuns que devem ser ouvidos sem pular nenhuma faixa para se perceber todo o seu alcance.
Apesar de menos radiofônico, "L.A. Woman" rendeu ao menos um grande single:"Love Her Madly" - uma composição do guitarrista Robby Krieger e tem pelo menos outros dois momentos fundamentais da banda, justamente seus dois temas mais "épicos".

Além desse trio mais conhecido, vale mencionar também outras músicas menos lembradas como a suingada faixa de abertura "The Changeling", a versão para "Crawling King Snake" de John Lee Hooker e o blues pesado "Been Down So Long", todas mostrando que o quarteto ainda tinha muito o que mostrar, não fosse a morte precoce de seu carismático vocalista.

Finalmente, vale dizer que há cinco anos, o disco ganhou uma versão especial com um segundo disco com faixas extras - a maioria versões alternativas de canções presente no lançamento original. Apesar de não ser exatamente obrigatório, os fãs certamente irão gostar de ouvir esse material.
Ouça a íntegra de "L.A. Woman"
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