Good Charlotte - Youth Authority

O grupo havia entrado oficialmente em um "hiato por tempo indefinido" e os irmãos Joel e Benji Madden chegaram a montar um novo projeto - o Madden Brothers, que lançou um trabalho de estúdio em 2014.
Assim como no caso dos exemplos citados acima, aqui também temos uma banda preocupada acima de tudo em reconectar-se com seus antigos fãs, e os novos que porventura os tenha conhecido em algum momento mais recente.

Por outro lado, o disco tem canções fortes o bastante para cativar uma nova geração de admiradores e garantir mais uns anos de estrada para os americanos.
As faixas têm produção adequada e sabem equilibrar o peso com a melodia. Quem curte esse tipo de som certamente irá achar bastante coisa aqui de seu agrado.
Ouça "Life Can't Get Much Better" com o Good Charlotte do álbum "Youth Authority"
Steven Tyler - We're All Somebody...

Na verdade, "We're All Somebody From Somewhere" lembra mais os momentos roqueiros dos discos feitos pelos astros da música country contemporânea do que certos álbuns de rock feitos sob a influência da música de raiz dos EUA. O trabalho também não guarda semelhanças com o dos artistas que se encaixam naquele rótulo de difícil explicação chamado "americana".

Para os críticos estrangeiros, um dos problemas dessa estreia, está em uma certa falta de foco - como se Tyler tivesse decidido gravar músicas das mais variadas para assim agradar a todo mundo e deixando o resultado final sem unidade.
A crítica tem sentido, por outro lado em um cenário onde as pessoas cada vez menos se preocupam em escutar, quanto mais comprar, um álbum, a estratégia faz certo sentido. No final "We're All Somebody From Somewhere" se mostra um disco simpático e divertido, ainda que possamos discutir se ele realmente precisava ter regravado "Janie's Got A Gun" ou encerrar o disco com uma cover de "Piece Of My Heart", imortalizada na voz de Janis Joplin.
Ouça "Red, White & You" com Steven Tyler de "We're All Somebody From Somewhere"
Michael Kiwanuka - Love & Hate

Desde então, ele fez muitos shows e gravou com gente como Jack White e Dan Auerbach dos Black Keys. No final ele acabou se entendendo mesmo com Danger Mouse, que assumiu a produção deste trabalho.

Kiwanuka, agora com 28 anos, fez um disco daqueles que não são fáceis de se categorizar em sua mistura de soul, jazz, rock e orquestrações. O artista certamente ouviu bastante os discos de gene como Bill Withers. Shuggie Otis e outros artistas que partiam da música negra tradicional para chegar em uma sonoridade que não conhecia amarras.
"Love & Hate" mostra-se assim um trabalho fascinante e que fatalmente estará em diversas listas de grandes lançamentos de 2016.
Ouça "Black Man In A White World" com Michael Kiwanuka do álbum "Love & Hate"