O rock amanheceu de luto neste domingo com a notícia da morte de Don Everly, uma das metades dos Everly Brothers. O músico tinha 84 anos e a causa do falecimento não foi divulgada. Isaac Donald Everly se foi sete anos depois de Phil Everly, seu irmão mais novo, e parceiro musical, morto em janeiro de 2014, aos 74 anos.
Don era, ao lado de Jerry Lee Lewis, o único artista ainda vivo que entrou para o Hall da Fama do Rock no ano de sua inauguração, em 1987 - Elvis Presley, Chuck Berry e Little Richard, foram alguns de seus "colegas de classe".
Phil e Don cantavam juntos desde criança e, em 1956 já começaram a gravar. No ano seguinte, eles teriam seu primeiro grande sucesso, "Bye Bye Love", que chegou no segundo lugar da parada americana. O single seguinte, "Wake Up Little Susie", foi além e conquistou o topo do ranking.
Os irmãos foram fundamentais no desenvolvimento de toda a música pop ao trazerem para o rock as harmonias vocais e a influência da country music, inspirando diretamente uma infinidade de artistas, incluindo os Beatles, os Beach Boys e, especialmente, Simon and Garfunkel.
Em sua autobiografia, Carole King, coautora de "Crying In The Rain" (1962), um dos últimos grandes hits gravado por eles, resumiu a importância da dupla quando se lembrou dos tempos em passava horas em seu quarto fazendo a "terceira voz" para o duo: "Os discos deles foram, sem dúvida, uma espécie de karaokê primitivo. O aspirante a cantor só precisava entrar com a voz que faltava", escreveu.
Os Everlys gravaram uma sequência impressionante de músicas, incluindo algumas das mais belas baladas já escritas: ""Let It Be Me", "All I Have To do Is Dream", "Cathy's Clown", "When Will I Be Loved" e "Love Hurts", que, apesar de ter se tornado um standard, nunca foi lançada em single na versão original deles, são algumas delas.
Com a chegada de bandas como os Beatles, a música dos irmãos parou de atingir o grande público, mas eles seguiram gravando e se apresentando no circuito de revival. O álbum "Roots", de 1968, pode não ter vendido quase nada quando saiu, mas foi muito elogiado pela então nascente imprensa roqueira e hoje é tido como um marco do country rock.
Don e Phil podiam harmonizar juntos de maneira única, mas, pessoalmente, o relacionamento deles estava longe de ser minimamente harmonioso - a primeira lição que um músico aprendia quando ia tocar na banda que os acompanhava ao vivo era a de que jamais deveria tentar unir os irmãos caso quisesse manter o emprego.
Assim, não foi surpresa quando eles se separaram em 1973. Uma década depois eles se reuniram, com grande sucesso, para shows ao vivo e um de disco de retorno muito bem produzido, por Dave Emunds, e que tinha seu principal single composto por Paul McCartney ("On The Wings Of A Nightingale"). Em 1986 foi a vez de Paul Simon honrar os dois, ao chamá-los para fazer as vozes de apoio na faixa-título do megaplatinado "Graceland".
Quando Simon and Garfunkel se reuniram para uma bem sucedida turnê em 2003, os Everlys foram os convidados especiais dos shows e não exatamente como atração de abertura. Em um gesto de grande humildade, quem "abria" os concertos, era a atração principal. Com Don e Everly sendo chamados ao palco no meio da apresentação, para cantar os seus números. A dupla seguiu junta até 2005, ano em que se apresentaram ao vivo pela última vez, quando, há tempos, já gozavam do status de verdadeiras lendas vivas da música do século 20.
Don era, ao lado de Jerry Lee Lewis, o único artista ainda vivo que entrou para o Hall da Fama do Rock no ano de sua inauguração, em 1987 - Elvis Presley, Chuck Berry e Little Richard, foram alguns de seus "colegas de classe".
Phil e Don cantavam juntos desde criança e, em 1956 já começaram a gravar. No ano seguinte, eles teriam seu primeiro grande sucesso, "Bye Bye Love", que chegou no segundo lugar da parada americana. O single seguinte, "Wake Up Little Susie", foi além e conquistou o topo do ranking.
Os irmãos foram fundamentais no desenvolvimento de toda a música pop ao trazerem para o rock as harmonias vocais e a influência da country music, inspirando diretamente uma infinidade de artistas, incluindo os Beatles, os Beach Boys e, especialmente, Simon and Garfunkel.
Em sua autobiografia, Carole King, coautora de "Crying In The Rain" (1962), um dos últimos grandes hits gravado por eles, resumiu a importância da dupla quando se lembrou dos tempos em passava horas em seu quarto fazendo a "terceira voz" para o duo: "Os discos deles foram, sem dúvida, uma espécie de karaokê primitivo. O aspirante a cantor só precisava entrar com a voz que faltava", escreveu.
Os Everlys gravaram uma sequência impressionante de músicas, incluindo algumas das mais belas baladas já escritas: ""Let It Be Me", "All I Have To do Is Dream", "Cathy's Clown", "When Will I Be Loved" e "Love Hurts", que, apesar de ter se tornado um standard, nunca foi lançada em single na versão original deles, são algumas delas.
Com a chegada de bandas como os Beatles, a música dos irmãos parou de atingir o grande público, mas eles seguiram gravando e se apresentando no circuito de revival. O álbum "Roots", de 1968, pode não ter vendido quase nada quando saiu, mas foi muito elogiado pela então nascente imprensa roqueira e hoje é tido como um marco do country rock.
Don e Phil podiam harmonizar juntos de maneira única, mas, pessoalmente, o relacionamento deles estava longe de ser minimamente harmonioso - a primeira lição que um músico aprendia quando ia tocar na banda que os acompanhava ao vivo era a de que jamais deveria tentar unir os irmãos caso quisesse manter o emprego.
Assim, não foi surpresa quando eles se separaram em 1973. Uma década depois eles se reuniram, com grande sucesso, para shows ao vivo e um de disco de retorno muito bem produzido, por Dave Emunds, e que tinha seu principal single composto por Paul McCartney ("On The Wings Of A Nightingale"). Em 1986 foi a vez de Paul Simon honrar os dois, ao chamá-los para fazer as vozes de apoio na faixa-título do megaplatinado "Graceland".
Quando Simon and Garfunkel se reuniram para uma bem sucedida turnê em 2003, os Everlys foram os convidados especiais dos shows e não exatamente como atração de abertura. Em um gesto de grande humildade, quem "abria" os concertos, era a atração principal. Com Don e Everly sendo chamados ao palco no meio da apresentação, para cantar os seus números. A dupla seguiu junta até 2005, ano em que se apresentaram ao vivo pela última vez, quando, há tempos, já gozavam do status de verdadeiras lendas vivas da música do século 20.