Antes de ser uma drag queen dedicada à música sertaneja, Reddy Allor era Guilherme, um jovem que cantava com o irmão Rafael e se descobriu homossexual.
No momento em que se assumiu como gay, Guilherme sentiu que deveria deixar essa sua faceta visível para o público e, talvez sem muita surpresa, foi pressionado a mudar de ideia.
Entendendo que essa não era uma opção, Guilherme decidiu ir ainda além, literalmente criando uma nova persona. Nascia então Reddy Allor, uma drag divertida e cheia de bom humor que, pouco a pouco, está conquistando espaço dentro deste estilo que não é muito conhecido por aceitar mudanças em sua estrutura. "A Eddie veio para que tudo fosse de forma escrachada. Eu não posso? Claro que posso e vou além", diz.
Allor conversou com o Vagalume sobre os desafios que enfrentou, e enfrenta, no sertanejo e também falou de seu novo single, "Álcool Estima", já disponível para audição.
Reddy conta que a certeza de que seria uma "drag sertaneja" foi algo natural. Mas que não foi uma decisão tomada logo de cara.
"Quando comecei a compor, eu pensei: 'vou fazer um pop, porque drag queen é pop e as bichas vão amar' (risos). Só que não vinha nada na cabeça. Eu não tinha essas referências, que hoje eu tenho muito mais. Foi quando eu entendi que seria uma drag do sertanejo porque o gênero sempre foi forte na minha vida, em tudo: a forma de cantar, de agir no palco... é algo natural e que está dentro de mim fortemente. Então não teve uma escolha de seguir esse caminho, foi uma coisa muito 'eu sou (isso) sabe?"
Reddy está ciente de seu pioneirismo e que, com seu trabalho, pode ajudar a mudar visões pré-estabelecidas e paradigmas. "Aos poucos, estamos quebrando barreiras, existe uma cobrança e pressão grande nesse meio por ele ser um dos estilos mais consumidos do país e que já tem a sua fórmula de dar certo. Tudo já funciona dentro do sertanejo.
Ao mesmo tempo, eu sinto que as coisas estão mudando, porque a evolução é uma coisa natural. A gente está em evolução em todos aspectos da nossa vida e não seria diferente dentro do sertanejo. Essa evolução é gradual, mas é real e ela vai sem dúvida chegar nesse lugar que eu almejo muito."
Reddy acaba de lançar seu novo single e está apostando alto em "Álcool Estima", segundo ela, uma música muito animada, que traz vários elementos musicais que sempre foram parte de sua vida. "Ela tem o sertanejo, vai para um lado mais animado da pisadinha, talvez, uma vibe mais forró.. então eu me identifico muito com ela". A parte instrumental também é destacada com o uso proeminente da sanfona e do trompete, uma referência que vem dos tempos de infância, quando os discos de Ivete Sangalo faziam a sua cabeça.
A letra também é destacada. "O sertanejo tem essa característica de trazer histórias viscerais e 'Álcool Estima' é uma história visceral ,e literal, de pessoas que estão ali em uma balada, em um bar e se embebedando com essa dose de 'álcool estima' (risos)."
Ouça a música:
No momento em que se assumiu como gay, Guilherme sentiu que deveria deixar essa sua faceta visível para o público e, talvez sem muita surpresa, foi pressionado a mudar de ideia.
Entendendo que essa não era uma opção, Guilherme decidiu ir ainda além, literalmente criando uma nova persona. Nascia então Reddy Allor, uma drag divertida e cheia de bom humor que, pouco a pouco, está conquistando espaço dentro deste estilo que não é muito conhecido por aceitar mudanças em sua estrutura. "A Eddie veio para que tudo fosse de forma escrachada. Eu não posso? Claro que posso e vou além", diz.
Allor conversou com o Vagalume sobre os desafios que enfrentou, e enfrenta, no sertanejo e também falou de seu novo single, "Álcool Estima", já disponível para audição.
Reddy conta que a certeza de que seria uma "drag sertaneja" foi algo natural. Mas que não foi uma decisão tomada logo de cara.
"Quando comecei a compor, eu pensei: 'vou fazer um pop, porque drag queen é pop e as bichas vão amar' (risos). Só que não vinha nada na cabeça. Eu não tinha essas referências, que hoje eu tenho muito mais. Foi quando eu entendi que seria uma drag do sertanejo porque o gênero sempre foi forte na minha vida, em tudo: a forma de cantar, de agir no palco... é algo natural e que está dentro de mim fortemente. Então não teve uma escolha de seguir esse caminho, foi uma coisa muito 'eu sou (isso) sabe?"
Reddy está ciente de seu pioneirismo e que, com seu trabalho, pode ajudar a mudar visões pré-estabelecidas e paradigmas. "Aos poucos, estamos quebrando barreiras, existe uma cobrança e pressão grande nesse meio por ele ser um dos estilos mais consumidos do país e que já tem a sua fórmula de dar certo. Tudo já funciona dentro do sertanejo.
Ao mesmo tempo, eu sinto que as coisas estão mudando, porque a evolução é uma coisa natural. A gente está em evolução em todos aspectos da nossa vida e não seria diferente dentro do sertanejo. Essa evolução é gradual, mas é real e ela vai sem dúvida chegar nesse lugar que eu almejo muito."
Reddy acaba de lançar seu novo single e está apostando alto em "Álcool Estima", segundo ela, uma música muito animada, que traz vários elementos musicais que sempre foram parte de sua vida. "Ela tem o sertanejo, vai para um lado mais animado da pisadinha, talvez, uma vibe mais forró.. então eu me identifico muito com ela". A parte instrumental também é destacada com o uso proeminente da sanfona e do trompete, uma referência que vem dos tempos de infância, quando os discos de Ivete Sangalo faziam a sua cabeça.
A letra também é destacada. "O sertanejo tem essa característica de trazer histórias viscerais e 'Álcool Estima' é uma história visceral ,e literal, de pessoas que estão ali em uma balada, em um bar e se embebedando com essa dose de 'álcool estima' (risos)."
Ouça a música: