O Teatro Mágico
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Cidadão de Papelão

O Teatro Mágico

Segundo Ato - Ao Vivo


O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção

À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura

Um cara, um papo, um sopapo, um papelão

Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura

O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, nem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai

À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura

Homem de pedra, de pó, de pé no chão

Não habita, se habitua
Não habita, se habitua
Não habita, se habitua
Não habita, se habitua
Compositores: Fernando Eduardo Silva Anitelli (Anitelli) (UBC), Maira Moreira Viana de Barros (Maira Viana) (UBC)Editor: O Teatro Magico Producoes (UBC)Administração: Phonolite (UBC)Publicado em 2008 (25/Abr) e lançado em 2008 (01/Jun)ECAD verificado obra #2614970 e fonograma #1357508 em 06/Abr/2024 com dados da UBEM

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