Misterioso e belo tempo de criança Brincar sonhando de ser grande e ser doutor Saborear na mãos dos pais a confiança E ter a primavera toda numa flor
Uma gotinha de orvalho era um brilhante E as goteiras do beiral, mil soldadinhos Vivia com eternidade, um só instante Um grilo e um louva-deus, meus amiguinhos
Vassoura usada, cavalinho de corrida A professora, mais que um gênio de Aladin O quintalzinho da vovó, maior que a vida A igrejinha, uma catedral pra mim
Tudo era puro, tão verdade, a ilusão Nossa pobreza era a riqueza mais contente Mesmo brincando de polícia e de ladrão Nunca a maldade nos tocou nem levemente
A gente cresce, parece fechar-se a porta Desse país, aonde o sonho tudo alcança Por isso hoje, uma coisa só importa Deixar o coração de novo ser criança
Assim se é mesmo vivendo desenganos Maior que a grandeza, embora pequenino A gente é feliz, não vê passar os anos Se em nosso coração brincar, sempre um menino
Compositor: Antonio Moreira Borges (Padre Antonio Maria) (ABRAMUS)Editor: Instituto Alberione (ABRAMUS)Publicado em 1984 (16/Jul)ECAD verificado obra #121998 e fonograma #5331 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM