Projota
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Celta Vermelho

Projota

Tributo aos Sonhadores I


Foi quando ele veio lá do Piauí (Piauí) , foi preciso partir
Um preto e uma branca juntos tiveram que fugir (É)
foram longe dali
Voltaram pra onde era o certo, o lugar que eu cresci
(Que eu cresci) , do Lauzane ao Peri
Dez anjos olharam do céu pra ver se eu consegui (Consegui)
foi quando eu nasci
Na escola pública eu tive que ir
mas sempre foi na rua que tudo aprendi
Tinha sete anos quando vi cair o mundo sobre mim
a minha mãe perdi
O melhor aluno fui até ali, na adolescência foi que eu decaí
Larguei faculdade pra ser MC
discuti em casa e ameacei sair
Eu nunca fumei, eu nunca bebi
eu muito sonhei e era com isso aqui
Cantar meus problemas, bater no sistema
te tirar as algemas e hoje eu sou Davi
Olho pro passado e vejo a gente ali
no Corcel do meu pai, vendo o sol cair
Era eu e o Cris, se você não é ele não devo pra ti

Se você já pulou a catraca pra pegar busão
sabe o que eu passei
Se esse som bateu forte no seu coração
sabe o que eu passei
Porque hoje eu tenho tudo eu sonhei
até um carro novo pro meu pai eu dei
Mas eu já me senti vencedor quando um dia eu comprei
Um celta vermelho, sem ar e sem direção
Em 60 vezes, paguei cada prestação
E eu me senti vivo, o mundo na minha mão
Hoje eu tô voando, mas eu sei bem onde é o chão
Era um celta vermelho, sem ar e sem direção
Em 60 vezes, paguei cada prestação
E eu me senti vivo, o mundo na minha mão
Hoje eu tô voando, mas eu sei bem onde é o chão
Pega a visão

Eu só tinha um microfone de videokê, vou contar pra você
Gravava nas fita K7, não tinha PC, nunca tive ICQ
Batendo régua em caixa de sapato fiz o som das caixa
Com a caneta e os prato, tocando violão
sozinho no meu quarto
E os arrombado ainda acha que é boy (Falou)
Jogando Need for Speed underground
eu sonhava com o dia que eu ia correr
Colocando Danone na bike
meu próprio downpipe eu sabia fazer
E o Monza que eu vi meu pai comprar
logo após eu vi ele vender
Pra botar comida na casa que ele construiu
pro destino fazer ele perder
O Criolo gritava, eu rimava
meu mundo girava embaixo do capuz
Aprendi se ganhei e aprendi muito mais
se perdi ali na Santa Cruz
Carreguei minha cruz, e com meu suor hoje eu faço jus
A promessa que eu fiz pra minha vó
de que nunca mais iam cortar nossa luz

Se você já pulou a catraca pra pegar busão
sabe o que eu passei
Se esse som bateu forte no seu coração
sabe o que eu passei
Porque hoje eu tenho tudo eu sonhei
até um carro novo pro meu pai eu dei
Mas eu já me senti vencedor quando um dia eu comprei
Um celta vermelho, sem ar e sem direção
Em 60 vezes, paguei cada prestação
E eu me senti vivo, o mundo na minha mão
Hoje eu tô voando, mas eu sei bem onde é o chão
Era um celta vermelho, sem ar e sem direção
Em 60 vezes, paguei cada prestação
E eu me senti vivo, o mundo na minha mão
Hoje eu tô voando, mas eu sei bem onde é o chão
Pega a visão
Compositores: Fernando Aparecido Goncalves (Insane Tracks) (ABRAMUS), Jose Tiago Sabino Pereira (Projota) (ABRAMUS)Editor: Universal Music Publishing Ltda. (UBC)Publicado em 2019 (24/Abr) e lançado em 2019 (30/Abr)ECAD verificado obra #22187406 e fonograma #18201121 em 19/Abr/2024 com dados da UBEM

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