Negro Limitado
Você não me escuta
Ou não entende o que eu falo
Procuro te dar um toque
E sou chamado de preto otário,
Atrasado,revoltado
Pode crer
Estamos jogando com um baralho marcado
Não quero ser o mais certo
E um mano esperto
Não sei se você me entende mas eu distingo errado do certo.
(e mano se vai continuar com essas idéias ae se ta me tirando? Da licença)
A verdade é que enquanto eu reparo meus erros
Você si quer admite os seus
Limitado é seu pensamento você mesmo quer,
Falar sobre mulher
Seu principal passatempo
O dom juan das vagabundas eu lamento
Vive contando vantagem se dizendo o tal
Mas simplesmente falta postura, qi suficiente.
Me diga alguma coisa que ainda não sei.
Malandros como você muitos finados contei.
Não sabe se quer dizer.
Veja só você, o número de cór do seu próprio rg.
Então, príncipe dos burros, limitado.
Nesse exato momento foi coroado.
Diga qual a sua origem, quem é você!
Você não sabe responder.
Negro Limitado.
"- Então, vocês que fazem o RAP aí, são cheios de ser professor, falar de drogas, policia e tal, e aí, mostra uma saída, mostra um caminho e tal, e aí..?"
Cultura, educação, livros, escola.
Crocodilagem demais.
Vagabundas e drogas.
A segunda opção é o caminho mais rápido.
E fácil, a morte percorre a mesma estrada é inevitável.
Planejam nossa restrição.
Esse é o título.
Da nossa revolução, segundo versículo.
Leia, se forme, se atualize, decore.
Antes que os racistas otários fardados de cérebro atrofiado.
Os seu miolos estoirem e estará tudo acabado.
Cuidado...!
O Boletim de Ocorrência com seu nome em algum livro.
Em qualquer arquivo, em qualquer distrito.
Caso encerrado, nada mais que isso.
Um negro a menos cotarão com satisfação.
Porque é a nossa destruição que eles querem.
Física e mentalmente, o mais que puderem.
Você sabe do que estou falando.
Não são um dia nem dois.
São mais de 400 anos.
Filho, é fácil qualquer um faz.
Mas cria-los, não, você não é capaz.
Ele nasce, cresce, e o que acontece?
Sem referencia a seguir, cê terá que ouvir.
Um mal aluno na escola certamente ele será.
Mas um menino confuso.
No quarto escuro da ignorância.
Se o futuro é das crianças...!
Talvez um dia de você ele se orgulhara.
Você tem duas saídas.
Ter consciência, ou, se afogar na sua própria indiferença.
Escolha o seu caminho.
Ser um verdadeiro preto, puro, informado.
Ou ser apenas mais um negro limitado.
Negro Limitado (refrão)
"- É, consciência, consciência, e os outros manos,
você é consciente sozinho?"
Faça por você mesmo e não por mim.
Mantenha distancia de dinheiro fácil.
De bebidas demais, policiais e coisas assim.
Enfim, de modo eficaz.
Racionais declaram guerra.
Contra aqueles que querem ver os pretos na merda.
E os manos que nos ouvem irão entender.
Que a informação é uma grande arma.
Mais poderosa que qualquer PT carregada.
Roupas caras de etiqueta, não valem nada.
Se comparadas a uma mente articulada
Contra um racista otário é química perfeita
Inteligência, e um cruzado de direita.
Será temido, e também respeitado.
Um preto digno, e não um negro limitado.
Negro Limitado
" - Pode crê, tem tudo a ver, não é não..! Racionais, fio da navalha, pode contar comigo. É isso aí, valeu."
Compositores: Adivaldo Pereira Alves (Edy Rock) (UBC), Kleber Geraldo Lelis Simoes (Kljay) (UBC), Pedro Paulo Soares Pereira (Brown) (UBC)Intérpretes: Adivaldo Pereira Alves (Edy Rock) (UBC), Pedro Paulo Soares Pereira (Brown) (UBC)Músicos: Edy Rock (UBC) (Sintetizador), Brown (SICAM) (Sintetizador)Editor: Cosa Nostra (UBC)Administração: Altafonte Brasil (UBC)Produtor: Cosa Nostra (UBC)Publicado em 1992 (01/Jun)ECAD verificado obra #29559818 e fonograma #12535 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM