Corre um boato aqui donde eu moro Que as mágoas que eu choro São mal ponteadas Que no capim mascado do meu boi A baba sempre foi Santa e purificada
Diz que eu rumino desde menininho Fraco e mirradinho A ração da estrada Vou mastigando o mundo e ruminando E assim vou tocando Essa vida marvada
É que a viola fala alto no meu peito humano E toda moda é um remedio pro meu desengano É que a viola fala alto no meu peito, mano E toda magoa é um misterio fora desse plano Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver Chega lá em casa pra uma visitinha Que no verso ou no reverso da vida inteirinha Há de encontrar-me num cateretê
Tem um ditado tido como certo Que cavalo esperto Não espanta boiada E quem refuga o mundo resmungando Passará berrando Essa vida marvada
Cumpade meu que envelheceu cantando Diz que ruminando Dá pra ser feliz Por isso eu vagueio ponteando e assim procurando Minha flor de liz
É que a viola fala alto no meu peito, mano E toda moda é um remedio pro meu desengano É que a viola fala alto no meu peito, mano E toda magoa é um misterio fora desses planos Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver Chega lá em casa pra uma visitinha Que no verso ou no reverso da vida inteirinha Há de encontrar-me num cateretê
Compositor: Rolando Boldrin ECAD: Obra #7714 Fonograma #36369071