Acho que eu devo sofrer de um distúrbio Eu enxergo e não consigo ver Eu quero enxergar! Alguém transforme este lugar?
Mas não há nada no país Não há vontade de mudar, não há zelo, só há medo no ar Se o povo não conhece a própria história está condenado a repeti-la
Não quero acreditar!
Até quando as mãos estarão tão fechadas? Até quando estarão nossos braços cruzados? Há um lapso ao vento e há uma fenda aberta, é onde eu quero estar
Acho que eu devo sofrer algo estranho Uma espécie de tragicômia Bem me quer! Mal me quer! A cômica e trágica flor vazia
A nossa ordem é um exílio E o progresso é apenas um suspeito autor desconhecido Tentando abafar um caso antigo, vendendo uma ideia de alívio
Eu quero perguntar:
Por que não estender nossas mãos tão fechadas? Por que não descruzar nossos braços cruzados? Há um lapso ao vento e há uma fenda aberta, é onde eu quero estar
Poderia me apegar ao ego e abandonar este lugar Mas resolvi ficar um pouco mais Quem sabe eu não provoque um incêndio por aí?
Eu quero perguntar:
Por que não estender nossas mãos tão fechadas? Por que não descruzar nossos braços cruzados? Há um lapso ao vento e há uma fenda aberta, é onde eu quero estar
Compositor: Guilherme de Sa ECAD: Obra #6239606 Fonograma #2465191