Pam-pararam-pararam-pararam-pararam-pararam Dia útil Muito trampo Vai e vem O tempo passa
Muito tempo Ele vivia entre quatro paredes Trabalhando o tempo todo E pouco a pouco Foi se acostumando A ser assim Uma vida sem sentido para alguns Rica em detalhes para ele Que sabia todos os desenhos do azulejo Até as manchas do piso Das toalhas e das mesas Muito que ele via nos desenhos Era tudo que ele tinha de melhor Os desejos, tudo da cabeça Tava lá, tava lá no azulejo Tava lá tudo projetado em seu lugar E quando sentia um tédio mortal Ahh, dava um grito temperamental Todos paravam, olhavam entre si Mas que fazer, ele era assim!
Mas o tempo foi passando E o progresso foi chegando E as reformas Ele foi informado que brevemente Uma reforma alteraria todo o piso Todo o piso, as mesas e os azulejos Era muito para ele Já não tinha o que temer Foi ao chefe Revelou todo o seu vínculo E seus desejos Com os desenhos do azulejo E com as manchas do piso Das toalhas e das mesas Tudo bem O chefe deu a entender Que entendeu todo o problema Não se aflija! Mas ele sabia que era falso Que era inútil No entanto preferiu acreditar No dia seguinte Chegando ao local Ahh! deu seu grito como um animal Correu pro seu chefe Grudou na garganta E só largou na sala do hospital
Dia útil Muito trampo Vai e vem O tempo passa Pam-pararam-pararam-pararam-pararam-pararam
Compositores: Jose Carlos Ribeiro (Ze Carlos Ribeiro), Luiz Augusto de Moraes Tatit (Luiz Tatit) ECAD: Obra #6736863 Fonograma #3211085