Salve nossos valores e nossos colares Que a gente usa, lambuza com a música E depois devolve tudo melado, pingando E ninguém quer por a mão Salve nosso elenco de estrelas ocultas Que escuta quem aponta Quem não encontra não escuta, não aponta Salve Deus! Salve as nossas idéias quando dão certo Na hora certa, sem enrolação, salve, salve!
Salve também as nossas meninas Que são bonitas, artistas, e se comportam Com especial dignidade Quando não ha mais nada a fazer
Salve nossa mania de persistência Nossas tendências, nossos recados Nossa paciência, nossos arranjos (um barato!) Salve a música! Salve os malabarismos que a gente faz Pra sair dos abismos que a gente cai, ai, ai
Vitima! Na crista da vítima Um ritmo de música bem próximo Um ritmo ótimo! É muita guitarra de base, de peso Que bisa a pose do músico Em ritmo de vítima No vértice do mártir e da arte Uma arte martírio! Uma arte que passa, que pesa, que pisa Que pousa e lambuza com a música O reino das artes (Em parte, não totalmente)
Salve nossos valores e nossos colares Que a gente usa, lambuza com a música E depois devolve tudo, melado, pingando E ninguém quer por a mão
Salve nossas canções que pegaram sucesso Por mérito, impacto, por sorte ou investimento (não se sabe) Salve enfim Salve os nossos valores e nossos colares Bons, maus, médios, neutros, irregulares Salve, salve
Vítima
Compositor: Luiz Augusto de Moraes Tatit (Luiz Tatit) ECAD: Obra #6663974 Fonograma #3211056