Pra me desanuviar da culpa Condenei a cristandade Conspirei contra a cultura
Quando o peito abriu pra piedade Destilei cinismo ralo Pra poder beber no Baixo
Para me evadir das evidências Repeti relativismos No que fui muito aplaudido
Como o sofrimento me enfadasse Engajei-me numa Ong Dei abraço na Lagoa
Para que o assombro da verdade Não doesse quase nada Reclamei cidadania
Quando uma memória me exigia Contrição ante o sagrado Apertei um baseado
Sou da Legião, peço passagem Ponho o rancho na avenida Taco a vida na voragem
Para aliviar a consciência Transtornei meu livre arbítrio Num instinto de toupeira
Como o meu projeto não vingasse Rebelei o baixo ventre Descobri-me comunista
Pra vogar na crista da história Recortei o meu destino Como manda o figurino
E se a criação me revelasse A mão suprema que a sustenta Eu tinha um plano de imanência
Pra glorificar minha vontade Eu desconstruí o mundo E pus o mundo na linguagem
Quando fulgurou a Parusia Gracejei, pois bem sabia Que era mais uma palavra
Sou da legião, peço passagem Ponho o rancho na avenida Taco a vida na voragem na voragem na voragem
Compositor: Thiago Mattos dos Santos Amud (Thiago Amud) (UBC)Editor: Zingareio Music (ABRAMUS)Publicado em 2009 (10/Jun) e lançado em 2009 (01/Out)ECAD verificado obra #19521997 e fonograma #1555271 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM