Morte do Boi de Carro
Ai, isto foi acontecido
Na fazenda do Lajeado
Boi de carro foi vendido
Por estar véio e cansado
Venderam ele pro corte
Pra morrer foi condenado
Sina triste teve o boi, ai
Vejam que grande pecado
Ai, o carreiro da fazenda
Era um homem de paciĂȘncia
Boi de carro ficou veio
E nĂŁo tinha mais resistĂȘncia
O feitor desta fazenda
Ă que deve a inconsciĂȘncia
Por vender o boi pro corte, ai
Cumprindo a triste sentença
Ai, dava pena pra se vĂȘ
Na hora que o boi saiu
Da mangueira da fazenda
Boi de carro despediu
O coitado do carreiro
Com muita razĂŁo sentiu
Foi doĂdo e foi penoso, ai
Pra toda a gente que viu
Ai, lĂĄ na curva da estrada
Boi de carro inda berrou
Pra dizer o Ășrtimo adeus
Pro carreiro que ficou
Com as lĂĄgrima nos olhos
O carreiro inda falou
NĂŁo devia de ser morto, ai
Boi que tanto trabaiou
Ai, boi de carro foi o mestre
Dos carreiro do sertĂŁo
Foi ele que deu começo
Da riqueza do patrĂŁo
Hoje o coitado morreu
Na mais triste judiação
O trabaio que passou, ai
Pagaram com a ingratidĂŁo
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositor: Roque José de Almeida e Milton JoséPublicado em 2000 (14/Mar) e lançado em 2005 (27/Jul)ECAD verificado fonograma #943208 em 02/Abr/2024 com dados da UBEMOuça estaçÔes relacionadas a Vieira e Vieirinha no Vagalume.FM