Nesses versos tão singelos Minha bela meu amor Pra você quero contar O Meu sofrer e a minha dor Sou igual a um sabiá Que quando canta é só tristeza Desde o galho onde ele esta
Nessa viola canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade Eu nasci naquela serra Num ranchinho beira chão Todo cheio de buracos Onde a lua faz clarão Quando chega a madrugada Lá no mato a passarada principia um barulhão Nessa viola canto e choro de verdade Cada toada representa uma saudade
Lá no mato tudo é triste desde o jeito de falar Pois o jeca quando canta dá vontade de chorar E o choro que vai caindo devagar vai se sumindo Como as águas vão pro mar
Eu sou do tipo que ainda sai na madrugada Mas não trai a sua amada num momento de ilusão E no amor eu sou do tipo de homem Que ainda perde a fome quando sofre de paixão Eu sou do tipo que se diz fora de moda Mas isso não me incomoda quando se sabe o que quer Eu sou do tipo que ainda escreve poesia E faz amor todo dia sempre com a mesma mulher
Eu sou um dos últimos dos apaixonados Do tipo que ainda faz serenata pra um grande amor Se o romantismo ficou no passado Posso ser careta, ser antiquado, ser o que for
Eu sou um dos últimos dos apaixonados E em cada mil existe um igual a mim Pode até falar quem quiser que eu sou quadrado Mas quando eu me entrego Numa paixão eu sou mesmo assim
Eu sou do tipo que segue as regras do jogo Posso até ficar de fogo quando abraço a solidão Eu sou daqueles que amanhece na zoeira Mas sempre com a companheira Dentro do seu coração
Eu sou do tipo que nunca briga por nada Mas pela pessoa amada enfrento tudo que vier Sou na verdade, do tipo de homem que assume Que ainda morre de ciúme Pelo amor de uma mulher
Compositor: Angelino de Oliveira (Tasso de Oliveira) (UBC)Editores: Irmaos Vitale (SOCINPRO), Todamerica (UBC)Publicado em 2004 (29/Abr) e lançado em 2003ECAD verificado obra #2361 e fonograma #659162 em 28/Out/2024 com dados da UBEM