Cacique e Pajé
Página inicial > C > Cacique e Pajé > Cabritinha de Ouro

Cabritinha de Ouro

Cacique e Pajé


Quando minha mãe partiu, não gosto nem de pensar.
Fiquei sem leite materno e sem seu seios pra mamar.
A natureza é bondosa, Deus em primeiro lugar.
E justo naquele dia, a cabritinha deu cria.
Pra minha vida salvar.

Seu leite forte e quentinho em boa hora chegava.
Quando cresci mais um pouco até quem via invejava.
Meu pai me vendo robusto já nem não se preocupava.
E na cocheira de lado, junto dela eu deitado.
Na sua teta mamava.

Meu pai com nóis pequeninos sofreu tanto que nem sei.
Fazia papel de mãe, de rainha e de rei.
O tempo assim foi passando, pois tudo passa, pensei.
Quando nóis tava crescido, então meu pai decidido.
Resorveu casá outra vez.

No dia do aniversário daquela nossa madrasta.
O meu pai pisou na bola, que atitude tão ingrata.
Matou minha cabritinha que estava velha e pacata.
O meu pai virou carrasco, fez da cabrita churrasco.
Pra comer naquela data.

Saí de casa chorando e só voltei de tardinha.
Não almocei nem jantei com dó da minha amiguinha.
Meu pai matou meu tesouro, pois era tudo que eu tinha.
Minha cabrita querida, ela que me deu a vida.
Quando eu perdi mamãezinha.


By Euzebio Alves
Compositores: Antonio Borges de Alvarenga (Cacique) (ABRAMUS), Jose Caetano Erba (Caetano Erba) (SICAM), Nilton Ramos da Costa (SADEMBRA)Publicado em 2013 (15/Abr) e lançado em 2013 (30/Abr)ECAD verificado obra #2112298 e fonograma #3149230 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM

Encontrou algum erro? Envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Cacique e Pajé no Vagalume.FM
ARTISTAS RELACIONADOS

Mais tocadas de Cacique e Pajé

ESTAÇÕES