Quem sabe meu sonho Ficou negaciando Na costa de um mato Nos ritos de um trago Das últimas luzes Que estreitam domingos.
Ficou nas ramadas Encilhando um mouro depois da sesteada ou nas madrugadas Num quarto de ronda De alguma tropeada.
Meu sonho rebolca Nas xergas tão velhas Moldadas de lombo Guardando suores Tal qual as relíquias De um tempo precioso.
Fareja cambonas Com jujos de campo pelas madrugadas chuliando cancelas que abertas prá o dia Emvidam potradas.
Meu sonho falqueja As tramas de angico Nas chuvas de agosto E saca as penúrias De tanta invernera Nos cardos de um poncho.
Galopa num vento Desfiando saudades soprado da estãncia Abano de pala mesclando nas rimas De crina e guitarra
Talvez quando escute os gritos da pampa N'alguma ilusão Limite o silêncio Fazendo fronteiras na paz de um galpão.
Compositores: Adriano da Silva Gomes (Adriano Gomes) (ABRAMUS), Juliano Marcio Gomes Avila (Juliano Gomes) (UBC), Marco Antonio Gotuzzo Antunes (Xiru Antunes) (UBC)Publicado em 2004 (17/Mar) e lançado em 2004 (17/Jun)ECAD verificado obra #2327856 e fonograma #702412 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM