Nunca serei exatamente aquilo que desejas Pois, estarei mais além que aquém Do momento em que vejas Como num jogo de espelhos Só terás a múltipla imagem E a tua pedra será bobagem Um arremedo da minha coragem
Subo as escadas do sucesso Como sobe um atleta E tu me vês super-homem Alcançado a tua meta Mas quando pensas que entrei Já serei suicida Este teu céu é limite E eu prefiro o calor do meu inverno
Lembra do tempo em que era Liberdade, liberdade Nos corredores escuros Os donos da vida e da morte Era de heróis, era de fortes Era de bravos guerreiros Era a justiça de um povo Nas mãos de bel companheiros
Hoje chevrar a memória Limpar todo o sangue com detergente A tal da felicidade Nas bancas do artigo do dia Tapa, rasteira, rasga-retrato Dedo no olho, porrada Desculpe-me, mas disto eu tenho verdadeira alegria
Eu sou aquele amadodiado Que se beija pedreja Brigue, fustigue, castigue A couraça do moleque Nunca confie ni mim Pois certo me desconfio E nunca estarei no ponto exato E tu dirás – ah moleque eu te mato E gritarás – ah moleque eu te pego E eu estarei nas estradas Nalegria da luta Pois um , moleque é sempre Um ótimo filho da própria Massa, graça, força, emoção Sangue nas veias gritando Festa trabalho Atrevido moleque Coração Festa trabalho.
Compositor: Luiz Gonzaga do Nascimento Junior (Gonzaguinha) (UBC)Editor: Editora Moleque (UBC)Publicado em 1982 (01/Abr)ECAD verificado obra #95706 e fonograma #1217 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM