Pras bandas do poente ergueu-se uma barra calou-se a cigarra assim - de repente e um som diferente ponteou de guitarra!
Lá longe - bem longe, faísca e troveja, silêncio de igreja com ecos de bronze, nas preces do monge no amém do assim seja!
Tropeando a lonjura o tempo que berra fareja uma encerra que o vento procura e a chuva madura traz cheiro de terra!
O tempo desaba o mundo se adoça na água que empoça mais mansa ou mais braba, a seca se acaba e tudo remoça!
Nas almas sedentas não é diferente as barras do poente que se erguem violentas depois das tormentas acalmam agente!
Se as safras perdidas tivessem gargantas podiam ser santas nas searas da vida: são tão parecidas as almas e as plantas!
Compositores: Jayme Caetano Braun (ABRAMUS), Leonel da Silva Gomes (Leonel Gomes) (UBC)Publicado em 2002 (05/Abr) e lançado em 2002 (01/Abr)ECAD verificado obra #242429 e fonograma #392278 em 29/Out/2024 com dados da UBEM